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Município Verde completa meio século de existência

Paragominas completa 50 anos, nesta sexta-feira (23), com uma história intimamente ligada à construção da rodovia Belém-Brasília - entre as décadas de 50 e 60 - e ao sonho desenvolvimentista que tomava conta do Brasil durante o governo do presidente da Re

Paragominas completa 50 anos, nesta sexta-feira (23), com uma história intimamente ligada à construção da rodovia Belém-Brasília - entre as décadas de 50 e 60 - e ao sonho desenvolvimentista que tomava conta do Brasil durante o governo do presidente da República Juscelino Kubitscheck.

O município foi criado em decreto publicado no Diário Oficial do Estado do Pará, no dia 05 de janeiro de 1965, sendo então emancipado das comarcas de São Domingos do Capim, Viseu e Ourém.

A cerimônia oficial de criação, com assinatura de atas e presença do governador do Estado, no entanto, foi realizada no dia 23 de janeiro de 1965. O primeiro prefeito de Paragominas - ainda na condição de Interventor - foi Amilcar Batista Tocantins.

Exatos quatro anos antes, em 23 de janeiro de 1961, havia sido lançada a Pedra Fundamental do que ainda seria o município de Paragominas, cerimônia que teve a presença do bispo de Bragança, Dom Elizeu Caroli, que abençoou a nova “Vila Paragominas.”

O mineiro Célio Rezende Miranda é considerado o fundador do município, juntamente com os goianos Eliel Pereira Faustino e Manoel Alves de Lima: eles são os principais nomes de uma caravana composta por 11 homens que deixaram Goiânia (GO), em abril de 1959, rumo ao Pará, com o objetivo de criar uma cidade numa área entre os rios Gurupi e Capim.

Aliás, esse planejamento é uma das peculiaridades na história de Paragominas. A cidade foi de fato um projeto idealizado por Célio Rezende e aprovado pelo presidente Juscelino Kubitscheck, que na época buscava meios para integrar a nova capital do país, Brasília (DF), ao resto do Brasil.

Já o planejamento urbanístico de Paragominas foi, inclusive, criado pelo arquiteto Lúcio Costa, pioneiro da arquitetura modernista e autor do famoso projeto do Plano Piloto de Brasília.

Diferentes das asas criadas para desenhar a capital do Brasil, Lúcio visualizou a nova cidade paraense com o formato de três hexágonos: área industrial, área comercial e área residencial.

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Após superar os altos índices de desmatamento, Paragominas se tornou o primeiro Município Verde no Pará. (Foto: Antônio Cícero)

HEXÁGONOS

O projeto dos três hexágonos - utilizado para criação de Paragominas - foi inscrito pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa no concurso para criação do que seria a nova capital federal do Brasil: Brasília. O projeto ficou em quarto lugar, mas a ideia do plano piloto, do mesmo Lúcio Costa, venceu o concurso.

Quando Célio Rezende apresentou o projeto da nova cidade para o então presidente do Brasil, Juscelino Kubitscheck, a estrutura urbanística dos três hexágonos foi apresentada e as figuras de seis lados se tornaram símbolos na bandeira e no brasão de Paragominas.

Os caminhos utilizados pelos fundadores dos municípios eram complexos e dispendiosos, e a empreitada só foi possível a partir do patrocínio de investidores goianos que compraram glebas de terras no que seria o novo município.

Paragominas foi, desde o nascimento, povoado por migrantes de estados como Minas Gerais, Goiás, Bahia e Ceará.

A instalação da Missão Presbiteriana Norte, na década de 1960, com recursos norte-americanos, também propiciou alguns avanços para Paragominas, com instalação de hospital - em um local onde os primeiros moradores sofriam com as doenças tropicais como a malária - e auxiliando na educação dos jovens da cidade.

A ocupação desenfreada da cidade, principalmente por madeireiros e fazendeiros, ao longo da segunda metade do século XX, colocou o município em uma lista dos que mais desmatavam a Floresta Amazônica, divulgada em 2008, o que gerou diversas consequências para os produtores rurais, como limitações de créditos.

Com isso, a cidade iniciou um pacto pelo Desmatamento Zero, entre os anos de 2008 e 2009, com foco em ações como reflorestamento (com plantio de milhões de árvores), pecuária e agricultura sustentáveis, além de educação ambiental.

Atualmente, o município é uma das referências em preservação ambiental no Estado, com modelo replicado em diversos municípios paraenses.

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(Hélio Granado/DOL)

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