Após festa por aprovação, PM descobre erro

Após ler seu nome no listão dos aprovados no Processo Seletivo 2015 da Universidade do Estado do Pará (Uepa), o então calouro Willian Lima Mendes, policial militar que atua no município de Abaetetuba, avisou a família, os amigos e fez uma grande festa para comemorar sua aprovação. No entanto, a alegria se transformou em tristeza depois que Willian recebeu uma ligação da Diretoria de Acesso e Avaliação da universidade informando que o nome dele só apareceu no listão por uma “falha no sistema”.

Entretanto, a explicação não convenceu Willian que acionou um advogado para entrar com uma ação na Justiça para exigir que a Uepa faça uma apuração minuciosa sobre o que de fato ocorreu e quem são os responsáveis, além de pedir indenização por danos morais, materiais e psicológicos. Willian fez o processo seletivo para o Campus de Moju, concorrendo a uma vaga no curso de licenciatura em pedagogia – noturno.“A diretora Léa Costa me ligou ontem (anteontem) dizendo que tinha uma notícia ruim para me dar. Falou que o sistema tinha cometido um erro colocando meu nome no listão mas que, na verdade, quem passou foi uma outra candidata que teria ficado na quinta posição. Ela disse que eu fiquei na 15ª posição. Como são 14 vagas, fiquei fora e iria para a lista de repescagem. Fiz festa, raspei a cabeça e isso me desestruturou, não só a mim, mas também a minha família e meus amigos”, lamenta.

Willian conta que batalhou com muita dificuldade pela sua aprovação no vestibular. “Queria que o reitor tomasse alguma providência sobre essa situação. O constrangimento foi muito grande. Estava há anos me preparando, conciliando trabalho com o estudo. A felicidade quando a gente passa é muito grande. Meus pais ficaram muito felizes. Nós, PMs, quando erramos pagamos com a vida ou com a liberdade. Agora, alguém tem que ser responsabilizado pelos danos que sofri”, explica.

AÇÃO

O advogado de Willian, Augusto Barata, informou que entrará com a ação na Justiça no início da próxima semana. “O nome dele ‘segurou’ na lista de aprovados por três dias. Ele comprou coisas, reuniu a família, amigos, comemorou e de repente é informado que houve um engano. Se houve erro, vamos exigir que seja provado pela Uepa. Não estamos questionando a inidoneidade da instituição, mas sim apurar esse erro. Um mero documento não convence. Precisamos ver esse cartão-resposta, a grade de correção e se houve falha do sistema.

A indenização é algo certo pelo erro com o nome dele, o constrangimento e os gastos que ele teve”, garante.Em nota, a Uepa informou que “houve uma correção na situação do candidato William Lima Mendes, do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia no município de Moju. O fato foi comunicado ao candidato e neste ato, a Uepa solicitou que fosse protocolado requerimento no Campus de Moju para que a instituição possa prestar esclarecimentos e tomar as providências que se fizerem necessárias. Até o momento, a Uepa aguarda a manifestação”.

(Diário do Pará)