Ações simples ajudam a reduzir consumo de energia

O consumidor deve preparar o bolso e começar a adotar medidas que visem diminuir o consumo de energia elétrica, pois a tarifa deve ficar mais cara já a partir de janeiro do próximo ano. O anúncio do novo reajuste foi feito na última quinta-feira pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).

Para tentar controlar que os aumentos extrapolem os gastos mensais, o consumidor deve criar hábitos visando equilibrar o consumo de energia elétrica. Pensando nisso, o Líder de Eficiência e Pesquisa Energética das Centrais Elétricas do Pará (Celpa), Daniel Bonfin, dá dicas que podem contribuir para reduzir o consumo. Segundo ele, o consumo deve ser feito de forma consciente e, apenas, quando necessário.“No período natalino vemos um aumento de consumo com a utilização de freezer, ar-condicionado, devido as confraternizações desta época. Existem alguns fatos que podem aumentar o consumo de energia como, por exemplo, colocar roupa atrás da geladeira, o que causa um esforço por parte da máquina que pode prejudicar a estrutura e aumentar o consumo.

Colocar líquidos ou comida quentes dentro da geladeira também requer um esforço maior ou cobrir as prateleiras o que dificulta a circulação do gás de refrigeração, podendo aumentar o consumo”, explica Bonfin.Segundo o especialista, trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou leds, por exemplo, pode reduzir em até 75% o consumo de energia referente ao uso de lâmpadas. “O ideal é que todas as atividades domésticas como lavar e passar roupa sejam feitas durante o dia.

A ideia é gastar menos com iluminação. Quando for lavar roupa ou passar, espere juntar um volume de peças para lavar ou passar tudo de uma vez. Os equipamentos que mantêm uma luz vermelha acesa quando estão desligados consomem energia no modo stand by. Portanto devem ser desligados”, explica.

MUDANÇA

A dona de casa Edilena Mota, 51, conta que passou a adotar algumas medidas para tentar reduzir o consumo de energia elétrica na sua residência. “Procuro não usar micro-ondas, a televisão fica fora da tomada e depois que o ar-condicionado esfria a gente desliga e coloca o ventilador. Mesmo fazendo isso, a conta não baixou, pelo contrário.

Acho que as pessoas devem tomar providências para acabar com esses aumentos”, afirma.A biomédica Giovana Conor, 40, conta que também sente no bolso os aumentos mesmo passando o dia todo fora de casa. “A gente tem que se privar de usar as coisas ou alternar o uso dos eletrodomésticos. Usar menos secador e chapinha, por exemplo. O que a gente deveria transferir para a educação dos nossos filhos, estamos gastando com esses aumentos abusivos, não só na energia elétrica”, ressalta.

(Diário do Pará)