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Ranking negativo não é mais novidade em Belém

A divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), onde Belém foi classificada como a segunda pior do Brasil, só comprova o que a população já sabia: as precárias condições em que estão submetidos os cidadãos da capital. A carência encont

A divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), onde Belém foi classificada como a segunda pior do Brasil, só comprova o que a população já sabia: as precárias condições em que estão submetidos os cidadãos da capital.

A carência encontra-se na falta de pavimentação, rede de esgoto, além dos piores índices em educação, longevidade e renda. Na manhã de ontem, a reportagem do Diário percorreu alguns bairros da capital e constatou a precariedade em que vive a população.

Mesmo com o fluxo das águas da chuva diminuindo, a realidade de quem mora às margens dos canais é difícil. Além dos constantes entupimentos, por conta da falta de manutenção dos córregos e do acúmulo de lixo, em muitos locais já não existe nem mesmo uma proteção que divide a rua da vala. Há também uma carência de rede de esgoto sanitário, pavimentação asfáltica e tratamento no abastecimento de água.

Não é preciso ir muito longe do centro para encontrar locais totalmente abandonados pelo poder público. No canal que inicia na travessa Três de Maio, no bairro da Condor, os moradores são obrigados a conviver sem o mínimo de condições humanas, e dividem a rua com o lixo, mato, ratos e o forte odor do esgoto e da vala.

Há 40 anos, o autônomo Rosival Pastana mora no local. Ele cita a situação de quem passou a vida inteira naquelas condições. “Aqui a situação é muito complicada. Quando chove fica ainda pior. Antes a água ficava no meio das nossas pernas”, lamentou.

O autônomo reclama também da falta de infraestrutura no local. “Como todos podem ver, aqui não temos asfalto, e o canal é cheio de mato. Não temos sequer um local para despejar o lixo, e por isso, os moradores têm que deixá-lo à beira do canal ou espalhados na rua. Até cachorro ou outros tipos de bicho tem nesse canal. O fedor é insuportável. Além disso, aqui tem muito mosquitos que trazem doenças”.

Enquanto a reportagem estava no local, crianças foram flagradas entre o lixo e um cachorro morto próximo de uma vala. Além do mau cheiro, os moradores reclamam da vulnerabilidade e da falta de proteção do canal.

“Parece que nós estamos longe da cidade, mas é só olhar para cima que vemos os prédios. Mesmo assim, o progresso ainda não chegou aqui. Nossas crianças são obrigadas a correrem risco, pois no canal não tem muro. Vivemos no meio do fedor, de coisas podres”, argumentou o aposentado Evaldo Maués, 73 anos.

Há 30 anos, o técnico de mecânica naval Gesse Joanes mora às margens do canal. Para viver com alguma dignidade, ele planta árvores à beira do córrego, e junto à comunidade, construiu uma caixa de concreto para depósito de lixo, mas viu sua iniciativa ser destruída.

“Para o lixo não ficar espalhado por aqui, como está agora, nos juntamos e fizemos um local para colocá-lo. A caixa dividia o que era orgânico ou não. Mas a prefeitura veio aqui e quebrou tudo. Fui reclamar e eles disseram que iam espalhar as obras que seriam feitas aqui, mas até hoje nada foi feito e o lixo continua no meio da rua”, ressaltou.

LEIA MAIS:

Ainda faltam investimentos básicos

(Diário do Pará)

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