CPI tem as 14 assinaturas e já pode ser implantada

Com a adesão da deputada Bernadete Ten Caten (PT) ao requerimento proposto pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSol) há 15 dias, foi entregue - com exatas 14 assinaturas, o mínimo exigido regimentalmente-, ontem à presidência da Assembleia Legislativa (AL) o pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suspeitas de atuação de milícias em Belém.

A denúncia foi motivada a partir do episódio dos dias 4 e 5 de novembro, quando, após o assassinato de um policial da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), supostamente ligado a milícias, outras dez pessoas (números oficiais) foram mortas, possivelmente em retaliação ao primeiro crime.

O presidente da AL, deputado Márcio Miranda, do DEM, não falou sobre o encaminhamento do pedido durante a sessão.

Edmilson, entretanto, fez questão de reforçar que “se houver vontade política, o presidente pode enviar hoje mesmo (ontem) os ofícios para os partidos indicarem os membros e a CPI poderá ser implantada em 48 horas”, lembrando ainda que o final de legislatura não é desculpa para que a comissão não seja constituída, já que um acordo entre os deputados pode permitir que os trabalhos se desenvolvam mesmo no recesso.

REIVINDICAÇÕES

A proposta tem como finalidade atender às reivindicações de cerca de 100 entidades do movimento social que cobram agilidade nas investigações do caso. Para justificar a CPI, o líder do PSoL na AL, ressaltou as estatísticas que colocam o Pará como o 8º mais violento do Brasil e a cidade de Belém como a 23º do mundo, baseando-se em pesquisas recentes divulgadas pela imprensa.

Assinaram a CPI os seguintes deputados estaduais: Edmilson Rodrigues (PSol), Bernadete Ten Caten, Edilson Moura (PT), Airton Faleiro (PT), Carlos Bordalo (PT), Valdir Ganzer (PT), Milton Zimmer (PT), Zé Maria (PT), Parsifal Pontes (PMDB), Chicão (PMDB), Simone Morgado (PMDB), Antônio Rocha, (PMDB), Martinho Carmona (PMDB) e Josefina Carmo (PMDB).

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