Após a onda de assassinatos que ocorreram na última terça-feira (04), em Belém, diversas autoridades e membros de associações de Direitos Humanos realizaram coletivas de imprensa para se posicionar sobre os crimes. Na manhã desta quinta-feira (06), foi a vez do Governador do Estado do Pará, Simão Jatene.
Sem apresentar medidas enérgicas e dizer quais ações serão realizadas, Jatene reiterou que as mortes estão sendo investigadas e que, por conta disto, não é possível afirmar se policiais militares teriam participado ou não das ações.
Além disso, pediu que as pessoas parem de “criminalizar” as redes sociais, em uma referência ao grande número de conteúdos sobre a série de mortes e também boatos que ocorrem desde a última terça. O governador também afirmou estar "compadecido" com a dor das famílias que perderam algum parente.
Durante a coletiva, Jatene relembrou outros casos, como o do ex-PM Rosevan Moraes Almeida, que foi condenado a 120 anos de prisão acusado de ser o responsável pela morte de seis adolescentes em novembro de 2011 em Icoaraci.
"Guerra urbana"
Ao longo da entrevista. o governador também afirmou que a população pode ficar tranquila e sair de casa sem medo. A posição do governador segue a linha do secretário de segurança Luis Fernandes, que afirmou em coletiva de quarta-feira (05) que a população não precisa temer por novos atos de violência. "As pessoas podem sair de casa sem medo e ir a locais públicos. Estamos trabalhando para continuar garantindo a segurança", afirmou ontem.
Apesar da afirmação e de apresentar em meses de campanha eleitoral um cenário positivo e sob controle na segurança do estado, Jatene afirmou que a “Belém vive uma guerra urbana”, se referindo ao descontrole da violência na capital paraense e região metropolitana.
Com o medo que passou a imperar em Belém, a noite de quarta foi de ruas vazias e estabelecimentos fechados em Belém, já que muitas pessoas preferiram ficar em casa e não ir para aula ou mesmo outro local. Com certa incoerência, Jatene também afirmou que a população pode ajudar a diminuir alguns casos de violência, evitando transitar em determinados locais e horários, transferindo deste modo para o povo a responsabilidade pelo descontrole da violência na capital paraense.
(DOL)
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