Uma parede branca, canetas coloridas e uma pergunta: o que eu quero fazer antes de morrer? Essa é a proposta da campanha que o Sindicato dos cemitérios e Crematórios particulares do Brasil (Sincep) propõem no dia 2 de novembro, dia de finados.
Visitantes que irão prestar homenagens a entes queridos terão a oportunidade de refletir sobre a morte e a vida. O fundador do Sindicato, e presidente de um cemitério particular em Belém, Nabih Abou El Hosn conta que a campanha serve para conscientizar as pessoas a não terem medo da morte que é algo natural. “A morte é algo que todos terão que enfrentar, não sei por que as pessoas ainda temem por ela. Na verdade acho que devemos nos prevenir e os cemitérios particulares oferecem serviços para todos estejam seguros nesse momento que é particular”, diz o empresário.
Espaços em branco estarão disponíveis para qualquer manifestação. Em outros países que seguiram propostas semelhantes, o espaço possibilitou momentos de reflexão e da discussão de um tema importante e delicado como a morte em família. De uma forma lúdica e interativa, o público poderá dedicar alguns minutos a sonhar a vida que ainda está aqui, ao alcance de todos. “falar sobre a morte e falar sobre a vida que ainda queremos ter. Trazer a família para a discussão de um tema delicado”, diz Nabih.
Além de Belém a campanha se estende por todos os cemitérios do país que hoje chegam num total de 450 cemitérios particulares. A campanha nasce inspirada de iniciativas internacionais, o resultado tocou profundamente a artistas e o público já repetiu a iniciativa em mais de 70 países escreveram em 525 muros em 35 línguas refletindo sonhos do que fazer antes de morrer.
(Diário do Pará)
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