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Comunidades reclamam de abandono

A beleza de Mosqueiro deu lugar ao descaso com que a natureza foi tratada ao longo dos anos. A falta de intervenção do poder público municipal gerou centenas de problemas, como a proliferação de ocupações irregulares, gerando graves consequências como

A beleza de Mosqueiro deu lugar ao descaso com que a natureza foi tratada ao longo dos anos. A falta de intervenção do poder público municipal gerou centenas de problemas, como a proliferação de ocupações irregulares, gerando graves consequências como o aumento do lixo e intensificação do processo natural de erosão.

Quatro comunidades pesqueiras que compõem a Baía do Sol: Fazendinha, Camboínha, Bacuri e Ipixuna retratam o cenário de abandono completo vivido pelos moradores. Especialmente na comunidade de Ipixuna, o desaparelhamento do local é visível. Na rua Conceição, o retrato do abandono municipal é latente. A rua se tornou um imenso buraco e as pessoas passam, apenas um de cada vez, por um pequeno espaço.

Mais ao fim da rua, os declives são inúmeros, afetando imensamente a vida de moradores. A realidade da rua é de total descaso. Lixo e restos de plantas secas são despejados no local sem nenhuma restrição.

Com dificuldade, as pessoas transitam pelo local, que já foi visitado pelo prefeito de Belém Zenaldo Coutinho antes das eleições. Durante a visita, segundo moradores, ele teria prometido melhorias para o lugar. “Uma comitiva do Zenaldo apareceu na rua e disse que faria alguma coisa por nós, mas nada foi feito”, disse o morador Josenias Aviz.

Do outro lado da Baía do Sol, na comunidade Fazendinha, os próprios moradores fazem serviços de manutenção e de revitalização, com verbas próprias. Uma rampa de concreto e muros de contenção de erosão foram feitos pelos moradores que cansaram de esperar pela administração pública.

Maria de Nazaré mora no local há mais de trinta anos e disse que o descaso é fator comum das gestões públicas. “O vizinho que fez o serviço em uma ponte de concreto tirou dinheiro do bolso dele. Nada aqui tem dedo do poder público”, ressaltou.

Nas diversas ruas, os efeitos da erosão, atreladas ao descaso público, são chocantes. Apenas pedaços de asfalto podem ser vistos na rua que dá acesso à Prainha. Os indícios de que o espaço abrigava uma rua inteira são tubulações de concreto dispostas à beira da praia e pequenas construções que restaram de supostos muros de contenção.

“Não nos sentimos inclusos. É como se não fizéssemos parte de Belém. Mosqueiro está abandonada, mas a Baía do Sol sempre esteve esquecida. Às vezes quando a prefeitura entra aqui é só para limpar as beiradas”, disse Roseli Cardoso, 41 anos.

PRAÇA

O velho banco abandonado debaixo do coqueiro nem de longe lembra a beleza da ilha. Restos de plantas jogadas no local que um dia foi uma praça pública demonstra a falta de cuidado com o bem público. O sentimento aparente das pessoas é de frustração. “Se tivesse uma orla ou, pelo menos, um muro de arrimo para atrair as pessoas, a Baía do Sol teria mais visitantes, mas nada disso é feito”, lamentou o morador Elvis da Silva, 27.

Sem asfalto, a rua São Geraldo, que abriga a maior parte dos moradores mais antigos do bairro, enche quando chove e, ao secar, é só lama. “Ela tem muitas deformidades, aumentando o número de água empoçada”, comentou o morador Edenilson Cardoso, 45 anos.

Outro motivo de queixas de moradores é a falta de transportes públicos adequados para a população. “Não temos uma linha fixa de ônibus. Além disso, eles são clandestinos e os cobradores não aceitam gratuidades, quer dizer, se um idoso que tem o direito de pegar o ônibus não é respeitado, então toda a população sofre. Mesmo pagando metade do preço, deveria ter seu direito garantido. Os estudantes só pagam se tiverem uniformizados”, relatou Edenilson.

“Da entrada da rua principal, na BL -13 até a beira-mar somos obrigados a pegar um mototáxi e eles não cobram menos do que R$ 20,00”, contou Elvis da Silva.

(Diário do Pará)

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