Dezenas de familiares das seis vítimas do caso que ficou conhecido como "Chacina de Icoaraci", ocorrido em novembro de 2011, acompanham ao longo desta quarta-feira (22) o julgamento de Rosevan Moraes de Almeida, principal suspeito de ter assassinado os adolescentes.
Gianderson Gonçalves, primo de duas das vítimas, comentou sobre a expectativa com o resultado do julgamento. "Estamos confiantes. As pessoas sabem que ele (o ex-policial militar Rosevan Almeida) não é réu primário e está envolvido em outras mortes também. Acredito que a justiça será feita", disse Gianderson.
Protesto silencioso: familiares colocaram bonecos para simbolizar os jovens assassinados em 2011 em frente ao Fórum Criminal. Foto: Cezar Magalhães/DOL.
Um amigo de uma das vítimas, que preferiu não se identificar, lembrou com pesar da noite em que os jovens foram executados. "Estava no meu quarto quando ouvi o som dos tiros. Fiquei em dúvida se eram tiros mesmo, mas, como ouvi alguns gritos também, saí de casa para ver o que tinha acontecido. E ele (referindo a um dos adolescentes) tava (sic) lá, tinha ficado ajoelhado e já estava morto", lamentou emocionado.
O crime
Na noite de 19 de novembro de 2011, seis adolescentes de 12, 14, 15, dois de 16 e um de 17 anos foram executados por volta de 22h30, na rua Padre Júlio Maria, mais conhecida como "Terceira Rua", no bairro Ponta Grossa, Distrito de Icoaraci, região metropolitana de Belém.
O assassino dos jovens mandou os adolescentes ficarem de joelhos com as mãos na cabeça, na calçada localizada em frente ao Instituto de Assistência e Previdência do Município de Belém (Ipamb), e em seguida executou os adolescentes a tiros, todos na cabeça. Cinco morreram no local e um ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu no hospital.
Julgamento
Desde as 9h da manhã desta quarta-feira (22) ocorre o julgamento de Rosevan Moraes de Almeida no Fórum Criminal, no bairro da Cidade Velha, em Belém. A sessão é presidida pela juíza Ângela Alves Tuma, do 3º Tribunal do Júri de Belém. O promotor de justiça é José Rui de Almeida Barbosa e ao todo sete pessoas compõem o júri popular, sendo cinco homens e duas mulheres.
(DOL)
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