Defesa apostará na negativa de autoria de Rosevan

O advogado Moacir Martins Junior, que atua na defesa de Rosevan Moraes Almeida, acusado de ser o autor dos disparos que mataram seis adolescentes em novembro de 2011, no Distrito de Icoaraci, tentará provar que seu cliente não possui nenhum tipo de envolvimento com o crime.

Em entrevista exclusiva à reportagem do Diário On Line, o advogado destacou que a estratégia da defesa será a da negativa de autoria. "Até mesmo algumas testemunhas de acusação informaram nos depoimentos que a pessoa que cometeu o crime era alta, magra e jovem e o Rosevan é baixo, gordo e não é mais jovem. Ora, se as próprias testemunhas de acusação disseram isso, nem preciso nem apresentar as testemunhas de defesa", disse Moacir.

Apesar da negativa de Rosevan, em depoimentos anteriores, ele teria caído em contradição ao citar onde estava durante o dia e horário em que ocorreu o crime. Segundo seu advogado, ele estaria em um restaurante na avenida Augusto Montenegro com a família, versão que teria sido confirmada pelo dono do estabelecimento e amigos.

Perguntado se, além da palavra das testemunhas, haveria alguma prova material (como, por exemplo, um recibo de pagamento no restaurante em que o ex-policial estaria), o advogado informou brevemente que possuiria tal documento, mas não especificou o que seria. Logo em seguida, Moacir informou que a sessão já começaria e deveria estar presente, finalizando a entrevista.

Rosevan estaria envolvido em outros asassinatos

No último dia 18 de setembro, no Diário da Justiça, uma decisão foi proferida pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa determinou que sejam tomadas providências para realização do júri com policiais militares e outros acusados da praticar diversos crimes, entre os quais homicídio qualificado, extorsão mediante sequestro seguido de morte, ocultação de cadáver, investigados numa operação que ficou conhecida como "Navalha na Carne".

Dentre os policiais, também se encontra Rosevan Moraes, suspeito de fazer parte do suposto esquema de grupo de extermínio que teria atuado em Belém, Ananindeua, Marituba e Icoaraci.

(DOL)