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Bancada governista impede início de CPI

A bancada governista da Assembleia Legislativa está com a faca e o queijo na mão para mostrar a lisura de sua atuação nesse fim de mandato. O início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito proposta pelo deputado estadual, Carlos Bordalo (PT), p

A bancada governista da Assembleia Legislativa está com a faca e o queijo na mão para mostrar a lisura de sua atuação nesse fim de mandato. O início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito proposta pelo deputado estadual, Carlos Bordalo (PT), para investigar indícios de corrupção e tráfico de influência dentro da administração estadual nos últimos quatro anos envolvendo familiares do governador tucano Simão Jatene, só está dependendo da nomeação do quarto e quinto membros para que os trabalhos possam começar - e a indicação cabe justamente ao próprio PSDB e ao PSD, ambos pertencentes à base aliada.

Se isso não acontecer até a próxima terça-feira, dia 28 de outubro, quando se encerra o prazo regimental para tal ato, o presidente da casa, deputado Márcio Miranda (DEM), pode fazê-lo durante a sessão ordinária do dia, inclusive dando a preferência para outros partidos - em ordem decrescente de representatividade na AL -, caso as duas siglas não concordem com as indicações da presidência.

Pelo PMDB, um dos dois partidos com maior número de parlamentares na AL, oito no total, nomeou Chicão como titular e Simone Morgado como suplente. Pelo PT, também com oito representantes, a vaga, regimentalmente falando, não poderia ser ocupada por outro que não Bordalo, já que ele foi o propositor da investigação, sendo que Edilson Moura fica como suplente. O DEM, com três deputados, terá a cadeira titular ocupada por Haroldo Martins e suplência de Nélio Aguiar. Na sessão de ontem, praticamente esvaziada, nenhum dos seis deputados do PSDB se fez presente, e do PSD só um de seus três parlamentares, Júnior Ferrari, se fez presente, mas sem comentar sobre o assunto.

“Eu sinceramente acho que, para a CPI começar, basta vontade política, e isso transcende período eleitoral. É preciso esclarecer se houve ou não houve tráfico de influência no fisco estadual, essa é uma dúvida que não pode ser transposta para o próximo governo, independente de quem seja vitorioso nas urnas”, declarou Bordalo ontem, durante a sessão ordinária.

ENTENDA O CASO

Toda a movimentação foi motivada por denúncias feita pelo DIÁRIO na edição do dia 11 de setembro, cujo estopim foi um grampo telefônico de 2011, captado pela Polícia Civil com autorização judicial, que flagrou uma ligação entre Izabela Jatene, filha do governador do Estado, e o subsecretário de Estado da Fazenda, Nilo Noronha, em uma conversa em que ela pede uma lista com as 300 maiores empresas em atuação no Estado para começar a “buscar esse dinheirinho deles”. Na época, a polícia investigava uma quadrilha que havia sequestrado um empresário em Mãe do Rio, da qual o gerente da fazenda de Nilo Noronha fazia parte. Ao ligar para o chefe, acabou fazendo com que o telefone do subsecretário da Sefa também fosse grampeado.

Professora universitária, Izabela mora num prédio de alto padrão, com um apartamento por andar, num dos bairros mais nobres de Belém, o Umarizal, avaliado em R$ 1,5 milhão. A gravação revelada pelo DIÁRIO mostra que Izabela, nomeada para coordenar o Pró-Paz após a eleição do pai, tem livre trânsito junto a autoridades que têm acesso ao sigilo fiscal de grandes empresas no Pará.

Não bastasse isso, há ainda a informação de que o Sistema de Segurança Pública deu sumiço na gravação original - a obtida pelo DIÁRIO é uma cópia - na tentativa de limpar a barra da herdeira do tucano.

PERÍCIA

A gravação, divulgada com exclusividade pelo DIÁRIO, foi periciada por um dos nomes mais respeitados do país no assunto, o professor doutor Ricardo Molina, da Unicamp, que confirmou sua veracidade. Para tentar justificar o pedido de Izabela, o governo criou a versão não comprovada de que o “dinheirinho” que ela queria buscar seria para o Pró-Paz. Entretanto, não há registros no balanço geral do Estado nos últimos três anos de nenhuma entrada de valores doados por empresas para o Pró-Paz, ou mesmo no Portal da Transparência.

(Diário do Pará)

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