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Povo sofre para fazer boletim de ocorrências

Um jovem que preferiu não ser identificado denunciou ao DIÁRIO à ausência de expediente durante os finais de semana em seccionais da capital, o que tem dificultado a investigação dos crimes. A vítima relatou que, na última quinta-feira, por volta das 2

Um jovem que preferiu não ser identificado denunciou ao DIÁRIO à ausência de expediente durante os finais de semana em seccionais da capital, o que tem dificultado a investigação dos crimes. A vítima relatou que, na última quinta-feira, por volta das 21h, participava de um aniversário na travessa 14 de Março, no bairro do Umarizal, quando as pessoas que estavam na festa foram surpreendidas por um arrastão praticado por dois adolescentes de aproximadamente 14 anos e uma criança que aparentava ter menos de dez anos.

Um dos adolescentes estava armado e o trio levou diversos pertences dos convidados, além de dois celulares da vítima. “Eles levaram tablet, celular, cordão e depois foram para a Diogo Moia onde tinha um táxi esperando por eles. No mesmo dia registrei um boletim de ocorrência pela internet e liguei para as operadoras para bloquear os chips. Quando foi na sexta-feira o meu cunhado ligou para o meu celular e uma mulher atendeu pedindo R$ 200. Eu liguei para o 190 e eles me orientaram a ir até uma seccional. Mas, para a minha surpresa, no sábado de manhã fui à Seccional da Pedreira e não tinha expedientes. Fui orientado a voltar na segunda-feira (20). A gente se sente vulnerável sem ao apoio da polícia”, disse.

“Pela inércia do governo do estado em não fazer concurso público e todas as delegacias da periferia deveria ter plantão 24 horas com delegados, escrivães e investigadores. Uma equipe completa. É o que o governo não fez. Eles querem colocar os investigadores para fazer ocorrências, o que não é atribuição do investigador. Eles criaram seis centrais de flagrante para atender a Região Metropolitana. Com isso, eles deixam de atender a população e de fazer a segurança pública como tem que se fazer”, afirma o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol), Rubens Teixeira.

O Sindpol divulgou um relatório atualizado de registros de ocorrências policiais no Estado. Só de janeiro a até dez dias passados, deste mês, já foram praticados 2.976 homicídios e 123 latrocínios em todo o Estado. No ano passado, o Pará contabilizou 3.986 crimes, entre latrocínios e homicídios. “Isso é uma prova de que a segurança pública não está funcionando. Eles querem colocar o investigador para fazer ocorrência, para tapar o sol com a peneira, não fazendo as atribuições dele que é investigar os crimes e cumprir mandados de prisão. São menos de 10% dos crimes de homicídios e latrocínios resolvidos. Eles alegam que não existe necessidade de funcionamento noturno nas delegacias. Nos bairros de áreas vermelhas eles dizem que não há necessidade, além do gasto de manter essas delegacias abertas. Esses quatro anos de mandato foram assim. É uma forma de maquiar as estatísticas”, diz Teixeira.

A reportagem solicitou resposta à assessoria da Polícia Civil, mas, até o fechamento desta edição, não houve retorno.

(Diário do Pará)

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