Milionários na família Jatene se multiplicam

Além de Beto, Izabela e o marido, Ricardo Augusto Garcia de Souza, esbanjam riquezas. Eles moram em um apartamento de R$1,5 milhão, no mesmo prédio de Beto Jatene. Além disso, Ricardo foi sócio de Beto nos bares Ventura e ainda é sócio dele em pelo menos um posto de gasolina, cujo faturamento é estimado em quase R$ 9 milhões por ano. Antropóloga, Izabela também foi sempre funcionária pública: professora universitária e assessora do governo do Estado. Idem para Ricardo, que sempre trabalhou no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

Mas, além de Beto e Izabela, há a mãe deles, a ex-mulher do governador, Heliana Lima da Silva Jatene, outra funcionária pública que também reside em um apartamento de R$ 1,5 milhão. E há, ainda, um sobrinho do governador, o empresário castanhalense Eduardo Salles.

Até 1997 Eduardo havia hipotecado ou vendido quase tudo o que possuía. Mas, a partir daquele ano (quando, por coincidência, teve início a privatização da Celpa, que foi comandada por Jatene), ele começou a comprar dezenas de terrenos. Hoje, exporta gado para o Líbano e só duas de suas fazendas, em Castanhal e Inhangapi, somam 5.500 hectares. Além disso, declarou, na Justiça, ter pagado R$ 1 milhão por um terreno em Ananindeua. E só uma de suas empresas, a ESalles Construções, ficou de integralizar R$ 3 milhões, até dezembro de 2015, em um dos vários empreendimentos imobiliários que realiza. Só os terrenos que ele possuía, no ano passado, no centro de Castanhal, somavam 400 hectares. Ele também é dono de um empreendimento imobiliário: o Salles Jardins, no centro de Castanhal, cuja integralização de um capital de R$ 3 milhões está declarada na Junta Comercial do Estado (Jucepa).

Moral da história: hoje, a fortuna acumulada por Simão Jatene e por apenas cinco parentes diretos dele (ex-mulher, os dois filhos, genro e um sobrinho) alcança, possivelmente, mais de R$ 30 milhões. Isso sem incluir carros de luxo, joias e outras propriedades que ainda se desconhecem.

(Diário do Pará)