PA-370 está em péssimas condições de tráfego

Importante para a ligação entre municípios situados ao longo da Transamazônica e cidades do Baixo Amazonas, a rodovia PA-370, com seus 220 quilômetros de extensão, representa um risco iminente de acidentes por quem precisa transitar por ela. Apenas 64 quilômetros da estrada são pavimentados, mas com sérios defeitos nas placas de sinalização. Os demais quilômetros estão em situação precária e de difícil acesso. Para se chegar até a cidade de Uruará é preciso passar por dentro da usina hidrelétrica de Curuá-Una, uma vez que não existe uma ponte que facilite a travessia sobre o rio.

Moradores que vivem ao longo da rodovia estadual sentem as dificuldades de ter que conviver com o abandono. Na comunidade de Cícero Mendes, região do Corta Corda, moram cerca de 350 famílias e segundo a população são os madeireiros os responsáveis por garantir a manutenção da rodovia estadual.

“Eles prometeram que viriam asfaltar, disseram que está orçado o dinheiro para começar a obra, mas até agora não estamos vendo trabalho algum”, disse Antônio Silva, vice-presidente da comunidade. Ele relata ainda o prejuízo que comerciantes e populares passam com o problema. “Quando a gente chega na hidrelétrica Curuá-Una, e quanto eles estão a trabalho, só liberam a passagem do ônibus 5h da tarde. Ou a gente usa a balsa ou fica esperando”.

Alguns trechos são pavimentados, contudo as armadilhas e perigos vêm logo adiante frente devido as condições ruins de grande rodovia. A via é utilizada por veículos pesados, sobretudo caminhões com madeira, transportando-as entre os municípios de Santarém e Uruará. Os madeireiros chegaram a construir um desvio na rodovia para facilitar o tráfego e evitar o prejuízo com a demora no deslocamento de um local a outro utilizando somente a rodovia deteriorada. A Setran não se manifestou até o fechamento desta edição.

(Diário do Pará)