Necessidade de maior mobilização pelo saneamento

O trabalho foi desenvolvido em duas etapas: coleta e tabulação dos dados do SNIS 2012; e preparação do Ranking do Saneamento com base na metodologia proposta e nos dados obtidos na Etapa 1.

Entre os destaques dos estudo está o fato de 89 das 100 maiores cidades já atenderem a mais de 80% da população com água potável. Os principais desafios estão nas cidades de Jaboatão dos Guararapes (55,29%), Santarém (45,78%), Macapá (39,99%), Porto Velho (32,89%) e Ananindeua (27,2%).

Com relação ao atendimento da população com coleta de esgoto, a média de população atendida nos 100 maiores municípios, em 2012, foi de 62,46%; à frente da média nacional de 48,29%. Quase 40 cidades possuem mais de 80% da população com coleta, mas em 29% das cidades menos de 40% das pessoas têm acesso ao serviço.

DADOS

Os dados do SNIS 2012 foram consultados para os cem maiores municípios brasileiros em termos de habitantes, bem como ocorreu no ranking publicado no ano de 2013. Das 20 melhores cidades, 11 são do Estado de São Paulo; 3 de Minas Gerais; 4 do Paraná e 2 do Rio de Janeiro.

Entre 2011 e 2012, a maioria dos municípios (32) teve mais do que 80% das ligações de água faltantes para a universalização realizadas. Outras 27 cidades, no entanto, tiveram menos de 20% das ligações de água faltantes. No caso de Ananindeua, relembrando o resultado foi de 0,0% de ligação.

No caso de esgoto, a situação é oposta à de água. Dos 100 municípios, 61 tiveram entre 0,0% a 20% das ligações de esgoto faltantes para a universalização. Apenas quatro fizeram mais que 80% das ligações de esgoto faltantes.

Em 2012, foram feitas 498.386 novas ligações de água e 647.091 novas ligações de esgoto, ou seja, houve 23% mais novas ligações de esgoto do que ligações de água. São Paulo fez 155 mil novas ligações de esgoto em 2012, o que equivaleu a 24% de todas as novas ligações de esgoto no Brasil.

A maioria das cidades analisadas não evoluiu em seus indicadores de Perdas de Água, o que preocupa, por ser um indicador síntese da gestão do sistema de saneamento em uma cidade. O estudo reforça também a necessidade de uma maior mobilização pelo saneamento básico nas regiões Norte e Nordeste.

(Diário do Pará)