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Monumentos estão abandonados em Belém

Monumentos criados para que os grandes atos da nossa história fossem lembrados por várias gerações caíram no esquecimento do poder público em Belém. Hoje, estas realizações arquitetônicas servem de abrigos para moradores de rua e estão cercadas de lixo e

Monumentos criados para que os grandes atos da nossa história fossem lembrados por várias gerações caíram no esquecimento do poder público em Belém. Hoje, estas realizações arquitetônicas servem de abrigos para moradores de rua e estão cercadas de lixo e pichadas.

No Entroncamento, a obra do arquiteto Oscar Niemayer, o Memorial da Cabanagem, foi inaugurado em janeiro de 1985, marcando a comemoração dos 150 anos do movimento cabano. Por anos, o monumento, o único do premiado arquiteto no Pará, abrigou os restos mortais de lideres da revolta.

A rampa, que representa a grandiosidade do povo cabano, cercada por um lago, localizado no meio dos elevados de entrada e saída da cidade, se tornou um espaço de constantes assaltos, depósito de lixo e abrigo de usuários de drogas e moradores de rua.
O aposentado Ronaldo Farias Reis, de 72 anos, guarda na memória lembranças de quando o monumento foi inaugurado e era um símbolo cultural do Estado. “O Entroncamento era visto como um local longe do centro e, por isso, quando queria proporcionar um passeio aos meus filhos, os trazia aqui para dar uma volta e apreciar a rampa. Ainda temos uma foto preta e branca daqui, logo depois da inauguração. Era tão bonito e respeitado, que hoje dá pena de ver como ele é tratado pelos governantes”.

A dona de casa Tereza Gomes, moradora da passagem Mariano, no Entroncamento, passa constantemente pelo local. Ela lamenta o estado em que se encontra o monumento. “O que acontece aqui é um desrespeito com a população e com a nossa história. Uma coisa que era pra ser tão bonita está horrível e totalmente depredada. O monumento virou abrigo de cheira-cola e de mendigos. Quem passa pelo local, sente um fedor insuportável, pois as pessoas fazem até as suas necessidades no lago que fica ao redor da rampa”, contou.

Oscar Trindade trabalha em um escritório de contabilidade próximo ao monumento e reclama do perigo que corre ao trafegar pelo espaço. “Como está cheio de pessoas usando drogas, é muito perigo passar no local. Aqui não tem segurança nenhuma, as pessoas são assaltadas em plena luz do dia e ao anoitecer fica muito pior. Muitas vezes não temos saída e somos obrigados a passar aqui, mas é um risco, já que passamos no meio dos moradores de rua, que muitas vezes estão drogados”, afirmou.
Já o memorial em forma de capacete, na Praça da Leitura, em São Brás, que ficou conhecido como “Chapéu do Barata”, é um dos monumentos que padece da mesma falta de manutenção e cuidados.

BARATA

Por anos, ele foi uma espécie de museu, onde abrigava os restos mortais do ex-governador Magalhães Barata e alguns dos seus pertences. Hoje, ele está fechado para visita, e em seus arredores abriga moradores de rua, mato e lixo.

O vendedor ambulante José Maria lembra-se do auge do monumento. “Aqui era um ponto turístico da cidade de Belém. O museu recebeu várias caravanas de escolas e muitos curiosos para ver o que o Barata usava. Um lugar tão bonito não deveria ficar assim como está hoje. Além da falta de segurança, o espaço é rodeado de lixo e moradores de rua.

A fiscal Vânia Lopes lamenta a situação do monumento. “Tem pessoas usando drogas, fazendo as necessidades, até estendendo roupas nas rampas, para secar mais rápido. Os guardas não fazem nada. Isso é muito triste, pois era um lugar muito legal, onde não vou poder trazer meus filhos”. A reportagem entrou em contato com as assessorias da prefeitura de Belém e da Guarda Municipal mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

(Diário do Pará)

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