Meningite: saiba mais sobre a doença

Especialmente preocupante pela rapidez com que evolui, a meningite deve ser tratada assim que aparecerem os primeiros sintomas para evitar que o paciente venha a morrer. Fato que contribui para que os dados oficiais de incidência da doença preocupem. De janeiro até hoje, 100 casos da doença já foram registrados no Estado, sendo 30 apenas em Belém.

De acordo com o médico infectologista Newton Bellesi, todo caso de meningite é preocupante se considerados os riscos oferecidos. Com dois maiores grupos de incidência, a doença pode ser causada por vírus ou por bactéria.
“Um único caso da doença já é preocupante porque é uma doença muito grave”, alerta o médico. “As virais, em geral, são benignas e as bacterianas podem ser muito graves. 20% das pessoas que contraem a meningite bacteriana chegam a óbito e de 20% a 30% das pessoas que se curam vão apresentar alguma sequela”.

TRANSMISSÃO

Transmitida por gotículas de secreção que podem ser eliminadas através de tosses, espirros ou enquanto se fala, é possível que uma pessoa contraia a doença se estiver até dois metros de distância da pessoa que já estiver infectada.

Também é possível contágio através do contato das mãos e objetos contaminados. “Esses casos evoluem muito rapidamente. Por exemplo, a criança pode estar bem, ir para o colégio, voltar para casa e à tarde já começar a sentir mal-estar, fadiga, dor de cabeça muito forte... depois evoluir pra vômitos em jato, febre e no outro dia, se não for tratada, já evoluir a óbito”, exemplifica Newton Bellesi. “O ideal é que a criança faça a vacina porque elas funcionam muito bem para prevenir”.

Segundo o médico, no caso da meningite bacteriana, o governo disponibiliza gratuitamente uma vacina que imuniza contra um sorogrupo da doença e que deve ser tomada pela criança até o primeiro ano de vida.

Porém, a vacina que imuniza contra os outros quatro sorogrupos da doença só é disponibilizada pela rede privada. “A vacinação é recomendada para todas as pessoas. Quem tiver condições, vale a pena porque reduz o risco muito expressivamente”.

SINTOMAS

Os principais sintomas da doença são mal estar, fadiga, dor de cabeça intensa, febre alta e vômitos em jato. Muito típica da doença, a chamada ‘rigidez de nuca’ – quando a pessoa tem dificuldade de encostar o queixo no peito) - também é um indicativo.

(Diário do Pará)