Pacientes atendidos em corredor no PSM do Guamá

A noite de ontem foi de superlotação no Pronto-Socorro Municipal (PSM) do Guamá. Com muitos pacientes e pouca estrutura física, parte do atendimento foi realizada no próprio corredor.

Do lado de fora, era possível ver um amontoado de pessoas deitadas em macas que tomavam conta de todo o espaço. A cena era de acompanhantes em pé abanando os doentes, uma vez que o corredor não é refrigerado. Do lado de fora do PSM, as famílias reclamavam do mau atendimento e da falta de estrutura para tratar os casos que chegam ao local. A paciente Maria Quaresma Macedo, de 60 anos, foi atendida no PSM no fim da tarde.

Há cinco dias doente, ela estava internada desde domingo no Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, com forte crise de vômito, diarreia e febre alta. Apesar disso, Maria ficou apenas em observação médica, pois o hospital não tem aparelho de ultrassom, nem mesmo de endoscopia, para realizar os exames que necessita.

SEM ESTRUTURA

A família relata que somente depois de pressionar os médicos conseguiu remoção da paciente para o PSM do Guamá. Maria não se alimenta desde que ficou doente devido às dores no estômago. Mesmo fraca, ao ser atendida no Pronto-Socorro do Guamá, teve que ficar sentada numa cadeira de rodas no meio do corredor, porque não havia leito nem macas.

Segundo a família, mesmo depois da reclamação sobre o mau atendimento, os médicos disseram que aquela era a única alternativa. “Dissemos que ela estava muito debilitada e que não poderia ser atendida daquela forma, mas eles disseram que era isso ou em pé”, afirmou o marido da paciente, Manoel Baia Macedo.

Os médicos informaram à família que, após a medicação, ela iria retornar para casa e voltar hoje para realizar o exame de ultrassom. A reportagem entrou em contato com a assessoria do PSM por volta das 21h, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

(Diário do Pará)