Após ficar cerca de 15 dias no cargo, a vice-prefeita de Ourilândia do Norte, Ângela Liberato, fez uma varredura nas contas do município e produziu um levantamento das contas do município que apontam dívidas de quase R$10 milhões deixadas pelo prefeito Maurílio Gomes da Cunha (PSC).
O gestor foi afastado do cargo em julho deste ano pela Justiça e responde por improbidade administrativa e crime ambiental, após denúncias do Ministério Público Federal.
De acordo com Ângela, a prefeitura está afundada em dívidas. Alguns títulos não são pagos desde outubro do ano passado, somando quase R$10 milhões em débitos. Entre as dívidas estão, por exemplo, R$600 mil para a Celpa, provenientes de contas de energia elétrica de diversos estabelecimentos públicos, o que vem gerando corte de energia em vários locais da cidade, como já ocorreu em feiras, praças e até mesmo na rodoviária e no aeroporto de Ourilândia do Norte.
“Ourilândia passa por uma crise financeira muito grande por causa da irresponsabilidade do prefeito”, denunciou a vice-prefeita.
FORNECEDORES
Ainda segundo ela, diversas empresas como supermercados, postos de combustível e fornecedores de materiais de utilização contínua não foram pagos, gerando o bloqueio da prefeitura para novas compras e, com isso, a realização de serviços da própria Prefeitura Municipal vem sendo feita de maneira precária.
“Já que as dívidas não foram pagas, esses fornecedores deixaram de repassar material para a prefeitura, e com razão. Assim, cidade está praticamente bloqueada. A dívida em supermercado, por exemplo, onde são adquiridos produtos de limpeza, higiene e de alimentação que servem as escolas, chega a R$1 milhão. É um absurdo”, afirmou Ângela Liberato.
Além dos problemas de falta de pagamento, outros indícios de improbidade administrativa foram encontrados. “Existem funcionários fantasmas na Prefeitura de Ourilândia, principalmente ligados ao setor da educação e da saúde do município”, alertou Ângela.
Na última quarta-feira (16), Maurílio Gomes conseguiu uma liminar na Justiça para voltar ao cargo, mas a vice-prefeita avisou que irá a Brasília para recorrer.
Resposta
A assessoria da prefeitura afirmou que as informações são inverídicas e que a questão com o prefeito é meramente política.
(Diário do Pará)
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