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Sequestros relâmpagos acuam a população de Belém

Imagine esta cena: é noite de qualquer dia da semana e você pega a família, seus filhos menores, e decide ir à casa de um familiar em um bairro nobre de Belém. Quando para em um sinal luminoso, seu veículo é invadido por três ou quatro indesejáveis com

Imagine esta cena: é noite de qualquer dia da semana e você pega a família, seus filhos menores, e decide ir à casa de um familiar em um bairro nobre de Belém. Quando para em um sinal luminoso, seu veículo é invadido por três ou quatro indesejáveis companhias.

Parabéns: você é mais um a entrar nas estatísticas das vítimas de sequestros relâmpagos - a modalidade de crime em que a vítima, geralmente sequestrada em seu veículo, fica mantida refém por um curto espaço de tempo, geralmente poucas horas ou até mesmo minutos, sob controle de assaltantes.

O tempo que a vítima permanecerá com os “sequestradores” será apenas o necessário para que o bando faça compras e consiga dinheiro com seus cartões de crédito e saques bancários, com cheques assinados pela vítima ou simplesmente pela tomada de todos os bens visíveis.

Os números dos famosos “sequestros relâmpagos” são ainda uma grande incógnita para a Secretária de Segurança Pública do Pará que mesmo com o caso sendo tratado como crime muitos dos registros acabam se confundindo e registrados pelos escrivães como roubo.

Levantamentos feitos pelo DIÁRIO apontam que desde o dia 1º de janeiro deste ano até o dia 18 de julho foram registrados em todo Pará, 78 casos identificados pelo Sistema Integrado de Segurança Pública-SISP como “sequestro relâmpago”, no qual a vítima comparece a uma unidade policial e relata a violência sofrida.

Mas o “sequestro relâmpago” acaba mudando de nomenclatura nos registros do SISP quando a vítima acaba como refém no conhecido “assaltos com reféns” - e que nas seccionais e delegacias são rotulados como “roubo qualificado”, não entrando para as estatísticas do primeiro crime de “sequestro relâmpago” praticado pelos bandidos.

HORÁRIOS E ZONAS DE RISCO

Os registros apontam que durante a noite estes casos se multiplicam e as primeiras horas são consideradas fatais para os sequestros - em geral praticados por menores que se valem de simulacros de armas que durante a noite não são percebidas pelas vítimas.

Segundo apurou o DIÁRIO, os bairros do Reduto, Umarizal, Nazaré, São Brás, Pedreira e Marco são os mais visados para a prática do sequestro relâmpago, sendo que 64% durante o período noturno e 36% durante o dia.

Segundo o site “Onde fui roubado”, os dados de Belém revelam que nesta modalidade criminosa os celulares ocupam o primeiro lugar no ranking de objetos mais roubados, seguidos de tablets, notebooks, joias e dinheiro.

As ruas mais perigosas de Belém, com índices alarmantes de “sequestro relâmpago” são a Antônio Barreto e Diogo Moia, nos cruzamentos com as travessas 14 de abril, 9 de janeiro e 3 de maio. No bairro da Pedreira a incidência maior é nas travessas Marquês de Herval e Visconde de Inhaúma, nos cruzamentos com as travessas Curuzu, Chaco, Vileta e Humaitá.

Mas o local mais perigoso de Belém é o canal da Antonio Baena, em cima da ponte sobre a travessa Marquês de Herval, onde existe um grande fluxo de estudantes de uma universidade particular próxima do local. “Não há uma noite que não se tenha conhecimento de um sequestro relâmpago aqui”, revela uma estudante que teve pelo menos cinco colegas de turma vítimas de bandidos.

Embora a avenida Nazaré fique localizada em uma área nobre da cidade, seus cruzamentos e transversais têm sido palcos frequentes para sequestros relâmpagos - que deixam marcas por muito tempo em suas vítimas, vistas as ameaças de morte tão proximas, além da integridade física ultrajada.

ATÉ DEZ SEQUESTROS RELÂMPAGOS POR NOITE

Fontes consultadas pelo DIÁRIO apontam que Belém registra em média dez sequestros relâmpagos por noite - e na maioria dos casos as vítimas acabam nem registrando ocorrência policial devido ao próprio nervosismo e à certeza da impunidade.

E esta modalidade de assalto não ocorre somente à noite, onde a falta de iluminação pública adequada, policiamento e a inexistência de câmeras de segurança nos locais mais vulneráveis acabam propiciando a ação da bandidagem.

O crime também prolifera banalizado durante o dia, quando acontece sob olhares até de moradores de várias redondezas.

A recomendação é que os motoristas, principalmente as mulheres com crianças, andem com o vidro do carro fechado e que não coloquem suas bolsas no banco do carona, para não chamar a atenção dos bandidos. Evitar falar ao telefone enquanto estiver dirigindo também diminui as chances de se tornar um alvo vulnerável.

A segunda e mais importante recomendação é manter a tranquilidade e jamais tentar um gesto mais brusco ou fugas dos assaltantes. Por não ter em nada a perder, eles acabam atirando contra os veículos, o que leva riscos aos seus ocupantes.

Leia, aqui, casos de sequestro relâmpago que ocorreram em cada mês deste ano.

Entenda a definição legal de sequestro relâmpago.

(Diário do Pará)

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