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Canais de Belém têm lixo e causam alagamentos

Mesmo com o período de chuvas constantes dando uma trégua em Belém, as ruas que têm canal, e seu entorno, no bairro do Marco, estão totalmente em baixo de água. Diversos pontos de alagamentos, canais transbordando, um forte odor, e até peixe, é o cenário

Mesmo com o período de chuvas constantes dando uma trégua em Belém, as ruas que têm canal, e seu entorno, no bairro do Marco, estão totalmente em baixo de água. Diversos pontos de alagamentos, canais transbordando, um forte odor, e até peixe, é o cenário dos moradores das travessas Mariz e Barros, Vileta, Visconde de Inhaúma, com as passagens Acatauaussu Nunes, Leal Martins e transversais, são obrigados a conviver diariamente.

“O que resolve aqui é uma canoa. Porque nem caminhão consegue entrar em dias de chuva. A água chega a um metro de altura, e não fazem nada. A situação com as crianças fica pior ainda, elas não vão para aula, e se tem consulta, ou algo importante para fazer, ninguém sai de casa. Outro dia mataram uma cobra de mais de metro, e um homem morreu há pouco tempo, pois foi pisar na água, e tinha um peixe poraquê, e com o choque, ele morreu”, desabafou Maria Costa da Silva, moradora há 32 anos do local.

Mesmo com a morte do rapaz, nada foi feito, e os acidentes continuam na área. “Já cai diversas vezes aqui. Já me machuquei, e meu maior medo é que as crianças caiam nesse canal que é podre. A filha da minha vizinha caiu na passarela que passa entre o canal, que não tem mais asfalto e fica protegida com tábuas de madeira, ela foi passar e uma estava podre e caiu na vala. A criança ficou internada com infecção por umas duas semanas”, lamenta a manicure Elza Monteiro.

Segundo a população, o problema se estende há longos anos e mesmo assim o poder público nada fez. “Moro aqui há mais de 40 anos. Era bem pior, porque andávamos por cima de pontes. Mas agora, mesmo com asfalto, andamos por dentro da água. Não precisa cair uma chuva forte e nem demorada, basta cair poucos minutos de água para alagar tudo. Já vimos muitas cobras, muçuns e tamuatá. Os políticos só vêm aqui em época de eleição pedir voto. Depois nada mais é feito em um problema que já é velho”, lamenta a aposentada Elizabete Viana.

É MUITO LIXO

Na passagem Acatauaçu Nunes rumo à travessa Mauriti, encontram-se também vários pontos de alagamento. De acordo com moradores do local, além dos bueiros estarem entupidos e da falta de saneamento e pavimentação para ás águas não acumularem nas vias, um dos maiores problemas é o acumulo de lixo nas principais ruas e transversais. “Aqui não fazem limpeza profunda nos canais e esgotos. Quando há limpeza, é superficial, mas só isso não vai resolver o nosso problema. Além disso, a população também não tem consciência e joga lixo e entulho nas portas das casas”, argumenta, José Ferreira Martins.

O autônomo José Ferreira mora na rua há 20 anos, e diz que a cada dia que passa, a situação fica mais complicada. “Ninguém olha por nós. Vivemos entregue a sorte aqui em Belém. O problema é antigo, mas nada é feito. A situação ainda piora quando os carros dão prego no meio da rua e formam um engarrafamento. Quem tem criança pequena em casa, ou tem dificuldades para locomoção é quem mais sofre”, afirma.

Além do bairro do Marco, foram registrados descasos na Terra Firme, como no canal da avenida Cipriano Santos em Belém, que quando chove, as casas são invadidas pela água.

A Prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), esclarece que está trabalhando de forma integrada com o Governo de Estado, que já iniciou trabalhos para execução de obras de macrodrenagem no canal do Tucunduba. “As intervenções solucionarão em até 18 meses os problemas de saneamento e alagamento nos bairros Terra Firme, Guamá, Marco e Canudos”.

A prefeitura realizará obras de reordenamento ao longo dos canais que fazem parte da bacia do Tucunduba, com serviços de recuperação de mureta de proteção e asfaltamento de vias e trocas pontuais do sistema de drenagem em diversas vias. “No entanto, para a realização das obras de reordenamento ao longo dos canais e vias, se faz necessário o avanço as obras do Governo do Estado, uma vez que – por motivos técnicos - é imprescindível garantir a perfeita drenagem do Canal principal antes das obras de drenagem e asfaltamento de vias”.

A Sesan está executando obras de recuperação da ponte do Canal da Cipriano Santos, no trecho que atravessa o Tucunduba.

(Diário do Pará)

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