Os membros do movimento Acorda Marajó decidiram na tarde desta segunda-feira (23) que irão continuar com a interdição da estrada que da acesso ao porto de Camará, em Soure, impedindo o transporte de veículos através das balsas que fazem o trajeto entre Marajó e Belém.
A posição foi determinada durante uma assembleia, que também decidiu que o grupo não irá participar de uma reunião marcada pela Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon) para a próxima quarta-feira (25), com o objetivo de discutir a situação na região.
A interdição começou na madrugada de sábado (21), como uma forma de protesto contra o reajuste de 18% sobre o preço das passagens dos veículos que circulam nas balsas que aportam no Camará. Segundo os manifestantes, o aumento é abusivo, além de que, como 97% do abastecimento da região é feito por caminhões que utilizam as balsas, diversos produtos, como alimentos e combustíveis, iriam ficar mais caros para o consumidor.
Hoje, a Arcon anunciou que agendou uma reunião para a quarta-feira com usuários, operadores de serviços e o Ministério Público do Pará para tentar resolver o impasse em relação à travessia de balsa.
O órgão ainda afirma que a revisão tarifária foi realizada conforme estabelece a Lei nº 5.922 e aprovada pelo Conselho Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Conerc), e que o ajuste nas tarifas é feito para manter o equilíbrio do sistema, já que as empresas para operar têm uma planilha de custos e de investimentos que precisa ser compensada.
O Acorda Marajó afirma não irá para a reunião, que foi considera por eles como “apenas uma manobra para desestruturar o movimento”. Eles afirmam que não preveem nenhum avanço que pode surgir do encontro de quarta-feira e se recusam a negociar sem que o aumento das passagens sejam revogados.
UMA BALSA PARTIU DO PORTO
Durante a manhã de segunda-feira, o movimento liberou a saída de uma balsa do porto do Camará para Belém. Segundo o Acorda Marajó, a embarcação levou diabéticos, idosos, crianças e acompanhantes, além de pessoas que necessitavam de atendimento médico em Belém.
Ainda segundo o movimento, o direito de ir e vir dos moradores do local e das pessoas que saem de Belém para o Marajó está garantido através dos navios de passageiros, que continuam circulando normalmente.
(DOL com informações de Dário Pedrosa/Diário do Pará)
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