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Protesto em Soure é armação política

Alguns municípios paraenses – claramente os de oposição ao governo Simão Jatene – estão se transformando em verdadeiras “Sucupiras”, onde proliferam manobras ilegais e com claros fins eleitoreiros para apear gestores de seus cargos. É o que está acont

Alguns municípios paraenses – claramente os de oposição ao governo Simão Jatene – estão se transformando em verdadeiras “Sucupiras”, onde proliferam manobras ilegais e com claros fins eleitoreiros para apear gestores de seus cargos. É o que está acontecendo com o prefeito de Soure, no Marajó, João Luiz Melo (PT), que enfrenta uma Comissão Processante na Câmara do Município que pretende cassar seu mandato. É a primeira vez que um filho de pescador é eleito e reeleito para o cargo no município. “O Judiciário paraense precisa saber dos detalhes dessa história sórdida para que uma injustiça não seja cometida. A Constituição não pode ser rasgada”, alerta o gestor.

Tudo começou no último dia 3, quando servidores da saúde do município apresentaram uma pauta de reivindicações. Como João Luiz não estava na cidade, ficou agendada reunião para o dia 6. Ainda assim, 12 servidores (agentes comunitários de saúde) ocuparam o auditório da prefeitura ainda no dia 3 afirmando que aguardariam lá a chegada do prefeito. No dia 5, véspera da reunião agendada, o prefeito e o secretário de saúde estiveram com representantes do Sindsaúde em Belém, onde receberam uma pauta de reivindicações e acertaram a não retaliação aos manifestantes. Um documento foi assinado.

Na data da reunião, o número de manifestantes já chegava a 20 na prefeitura, incluindo o bispo da prelazia do Marajó, D. Luiz Azcona.

A pauta da saúde foi esgotada rapidamente, em menos de uma hora, o que causou estranheza. “Em seguida, os manifestantes sacaram outra pauta da manga, envolvendo diversas áreas, incluindo buracos nas ruas, obras inacabadas, a demissão do secretário de saúde e a minha renúncia do cargo de prefeito”, conta. João Luiz imediatamente rechaçou o pedido lembrando que foi reeleito democraticamente com 62% dos votos na última eleição.

O prefeito pediu que os manifestantes se reunissem novamente para reavaliar a questão. Meia hora depois, nova reunião na prefeitura e a renúncia continuava como item principal, defendida também pelo bispo. Os manifestantes foram para a frente da prefeitura fazer manifestação e o comandante da PM local recomendou que o prefeito saísse do prédio. Eram cera de 100 pessoas. “Na saída, estávamos escoltados por policiais e começaram a jogar coisas na gente. Um ovo acabou acertando no bispo, que estava perto de mim”, disse o prefeito.

João foi para a casa de um amigo e lá soube que o grupo rumava para a sua casa para depredar o imóvel. “Estava tudo arquitetado, planejado. Os manifestantes estavam com bombas, pedras e gasolina. Correligionários meus reconheceram no meio da turba desocupados e até drogados que estavam ali financiados por alguém para gerar toda aquela confusão”, diz.

Várias pedras e rojões foram jogados na casa do prefeito já no fim da tarde da sexta. O estrago só não foi maior porque amigos do gestor protegeram o imóvel e afugentaram os baderneiros.

SEM SEGURANÇA

O comandante da PM afirmou ao prefeito que uma guarnição da Rotam estava saindo de Belém, chegando às 22h de sexta em Soure. Os policiais só chegariam às 3h do sábado. Enquanto isso, os baderneiros tocaram o terror pela cidade, indo à casa de vários vereadores da base do prefeito e de secretários municipais, depredando os imóveis e veículos. “O mais interessante é que as polícias Civil e Militar acompanhavam tudo de perto e sabiam quem eram as pessoas que estavam depredando, mas os policiais apenas fotografavam. Ninguém foi preso até hoje”, lamenta o prefeito.

Já na madrugada do sábado, a informação que corria na cidade é que os baderneiros estavam estocando gasolina para tocar fogo na casa do prefeito e do presidente da Câmara de Soure. “No sábado de manhã, o vereador Gerente (PSDB) me ligou informando que estava sendo convocada uma reunião na prefeitura e que, se não fossem, uma tragédia ocorreria. Terrorismo psicológico puro. Quase todos os vereadores foram para a reunião, onde estavam os manifestantes e o bispo”, lembra o prefeito.

Na reunião, a pressão pela renúncia do prefeito continuou. “Nesse encontro, todos os oito vereadores presentes se comprometeram pela minha cassação. Depois soubemos que todos foram pressionados para me cassarem. Como me recusei a renunciar, todos fizeram um pacto para que ninguém assumisse após a minha cassação, nem a vice-prefeita, nem a presidente da Câmara, nem qualquer vereador. Tudo para que a intervenção fosse decretada”, revela João Luiz.

(Diário do Pará)

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