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Moradores de Portel protestam por segurança

A visita do governador Simão Jatene ao município de Portel, na tarde de ontem, foi marcada por protesto dos moradores contra a falta de segurança na cidade. Com cartazes e muita vaia, a população recebeu a comitiva do governador, que pretendia inaugurar a

A visita do governador Simão Jatene ao município de Portel, na tarde de ontem, foi marcada por protesto dos moradores contra a falta de segurança na cidade. Com cartazes e muita vaia, a população recebeu a comitiva do governador, que pretendia inaugurar a nova delegacia do município.Segundo lideranças locais, a violência toma conta do município e a única delegacia funcionava em uma casa alugada, em condições precárias e com celas de madeira.

Com cerca de três homicídios a cada fim de semana na cidade é comum os bandidos serem presos e fugirem no mesmo dia devido à falta de estrutura da delegacia.Em março deste ano o policial civil José Haroldo Pereira da Silva foi assassinado por bandidos dentro da própria delegacia de Portel, onde era lotado há nove anos. Haroldo vinha sendo ameaçado de morte, mas mesmo após relatar as ameaças à Delegacia Geral, teve o pedido de remoção negado. Segundo a viúva do policial, Caterine de Souza, uma das organizadoras do ato de ontem, a manifestação foi uma forma da população demonstrar sua revolta com a violência, a qual os moradores estão submetidos. “Consideramos a vinda do governador um desrespeito à população que sofre com a perda de seus entes queridos. Se essa delegacia tivesse sido inaugurada antes, talvez o meu marido estivesse vivo”, desabafou Caterine.

REVOLTA

Os moradores classificaram a agenda do governo do Estado em Portel como eleitoreira, uma vez que, segundo eles, a delegacia já estava pronta há alguns meses, mas só agora, que está próximo das eleições deste ano, o prédio foi inaugurado. Devido à manifestação dos moradores, o governador acabou cancelando o ato de inauguração da delegacia. A comitiva governamental, integrada por deputados, vereadores e convidados do prefeito de Portel, acabaram se reunindo em um salão de eventos sem a presença da população.

Os manifestantes foram barrados na entrada do local, mas Caterine ainda conseguiu entrar e forçar um pronunciamento. “Eles não queriam que eu falasse, mas disse que ou eu falava ou saía presa”, disse ela. Ao se pronunciar, a professora manifestou toda a sua dor pela perda do marido e pelo abandono da cidade. “Disse ao governador que nossa reivindicação se devia pela nossa dor e que nos sentíamos ofendidos com a presença dele”, concluiu. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol), a delegacia é nova, mas não vai funcionar porque não tem servidores. Apenas dois policiais se revezam nos plantões a cada 15 dias.

(Diário do Pará)

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