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Jatene usa máquina para fazer campanha

O Ministério Público Eleitoral instaurou procedimento para apurar o uso de placas e propaganda irregular por parte do governador Simão Jatene, que estaria usando a estrutura oficial na campanha. Nos últimos meses, o governador Simão Jatene intensificou as

O Ministério Público Eleitoral instaurou procedimento para apurar o uso de placas e propaganda irregular por parte do governador Simão Jatene, que estaria usando a estrutura oficial na campanha. Nos últimos meses, o governador Simão Jatene intensificou as viagens ao interior. Nesta quinta-feira(22), por exemplo, a agenda previa reunião com lideranças da igreja Assembleia de Deus, no povoado de Santa Luzia, município de Capitão Poço.

As imagens das viagens e reuniões, em geral com a participação de políticos e possíveis cabos eleitorais são registradas e divulgadas no site da Agência Pará, órgão de divulgação oficial do governo. No último fim de semana, por exemplo, Jatene viajou pelo nordeste do Estado.

No facebook do governo, foram divulgadas fotos de Jatene no município de Traqueteua, onde entregou um caminhão para a Associação de Criadores Orgânicos de Abelhas. Também houve evento para distribuição do cheque moradia. Em fevereiro, quando ainda cogitava não concorrer à reeleição, o governador chegou a anunciar que se desincompatibilizaria do cargo para disputar a eleição. O anúncio foi feito em entrevista na Assembleia Legislativa do Pará, após ler a mensagem oficial do Executivo para os deputados. À época, Jatene disse que deixaria o governo em abril, embora não fosse obrigado. Isso porque, de acordo com a Lei das Inelegibilidades (LC 64/90), os governadores, assim como todos os chefes do Poder Executivo, são obrigados a deixar os cargos que ocupam quando pretendem concorrer a cargos diferentes, como senador ou deputado federal. O governador, o prefeito e o presidente que deseje se reeleger não é obrigado a se desincompatibilizar.

Mesmo assim Jatene, disse que tomaria a medida “por razões de coerência e ética”, já que não admitiria ser candidato a qualquer cargo estando no exercício do mandato. “Ética não se anuncia; ética se pratica”, declarou à época em texto publicado na Agência Pará.

(Diário do Pará)

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