É quase impossível de não admirar-se com a exuberância do rio Tapajós que se vê na frente de Santarém. Mas essa imponência e os barulhos do rio batendo no cais estão causando preocupação aos comerciantes do centro comercial, que tem sérios prejuízos com a cheia do rio nesta época do ano.
Com os números apontando uma cheia comparável a de 2009, esse prejuízo pode ter um resultado impactante no setor comercial da cidade. Em fevereiro, as entidades comerciais reuniram com representantes do poder público municipal e a Defesa Civil Estadual, para debater as medias a serem tomadas para amenizar os efeitos negativos no setor comercial com a submersão de lojas por conta da cheia.
"Ao que tudo indica a cheia vai ser igual ao ano de 2009, quando o comércio, principalmente as lojas próximas do cais ficaram submersas, isso afetou muito o comércio. Por conta disso, estão sendo tomadas providências preventivas pelo poder público”, analisou o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces), Alberto Oliveira.
Em uma comparação imediata, Oliveira conclui que esse prejuízo pode chegar a R$156 milhões. “Com alguns dados obtidos pela Receita Federal, considerando os impostos arrecadados, chegamos a essa queda de 40 % nas vendas, o que é bastante considerável. Além dessa queda, existe o risco das doenças, que podem ser transmitidas com a água acumulada”, diz Oliveira. Em alguns pontos do cais de arrimo verifica-se que a água do rio está vazando para a avenida.
Bombas de sucção tentam amenizar o alagamento. Crédito: Raphael Ribeiro
No Mercado Modelo, algumas lojas já foram atingidas pela cheia. Lá, onde até agora é o local mais crítico, foi instalado uma bomba de sucção para jogar a água de volta ao rio, até agora foi a única instalada, mas já foram solicitadas mais duas para escoar as vazamentos antes que invadam outros pontos da avenida Tapajós. Uma próxima ao Mercadão 2000 e outra na Praça Rodrigues dos Santos. A madeira beneficiada para a construção das pontes, que passarão por entre as lojas do centro comercial, já foi garantida pela prefeitura municipal e é bem provável que se necessite usá-la.
“Diferente do ano de 2009, quando as ações foram tomadas quando as águas invadiram as ruas, agora queremos que sejam tomadas ações preventivas. Acreditamos que se a água continuar subindo até o final de abril, ela pode chegar em pontos da orla da cidade onde existem muitas lojas”, afirma Alberto.
O prejuízo nas vendas que ocorreu para o comércio no ano de 2009 chegou em torno 40%. Este ano foi encomendado um estudo para servir como base nas ações da Defesa Civil Municipal que ficará pronto esta semana. A ideia é se proteger dos prejuízos que a cheia pode causar este ano à economia no setor comercial da cidade.
(DOL, com informações de Raphael Ribeiro)
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