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Hidrovias ajudarão no desenvolvimento do Pará

O Pará escoa hoje, pelo rio Tocantins, entre 200 e 250 mil toneladas de cargas por ano. É pouco, se forem consideradas as restrições que o rio ainda oferece à navegação. Quando for executado o derrocamento do Pedral do Lourenço, consolidando o corredor hi

O Pará escoa hoje, pelo rio Tocantins, entre 200 e 250 mil toneladas de cargas por ano. É pouco, se forem consideradas as restrições que o rio ainda oferece à navegação. Quando for executado o derrocamento do Pedral do Lourenço, consolidando o corredor hidroviário a partir de Marabá e tornando efetivamente operacionais as eclusas de Tucuruí, o efeito imediato será o crescimento do volume transportado para 10 milhões de toneladas anuais. Essas cargas serão procedentes do Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Tocantins e do sul do Pará.

A previsão é do armador Eduardo Lobato Carvalho, economista e empresário que até recentemente presidia o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação no Estado do Pará (Sindarpa), que hoje mantém um quadro de 45 associados, justamente as maiores empresas do setor no Pará. Carvalho é um dos poucos representantes da terceira geração de armadores na Amazônia. É fundador e participante de várias empresas de navegação e em outras áreas de negócios, como os de combustíveis, materiais de construção, locação de veículos e mineração.

Outro corredor hidroviário de grande importância econômica, segundo ele, é o do Tapajós, cujo potencial somente agora começa a ser efetivamente explorado, prevendo o escoamento de dois a três milhões de toneladas de cargas já a partir do ano que vem. No futuro, quando estiverem operando os vários empreendimentos portuários que hoje estão se implantando, conforme frisou, a previsão é de que a movimentação anual de cargas pelo Tapajós alcance volume em torno de 20 a 22 milhões de toneladas.

Porto no Guamá aliviará tráfego

Atualmente, cerca de 1.500 carretas atravessam por dia a Região Metropolitana de Belém, transportando cargas que têm como principais destinos as cidades de Manaus, Macapá e Altamira, além da própria capital. Em três dias da semana, às segundas, quartas e sextas-feiras, o número de veículos de carga chega em trânsito pela RMB chega a duas mil unidades. Os efeitos disso são os congestionamentos dos corredores de tráfego e a degradação do cenário urbano, além de transtornos crescentes para a população.

É levando em conta esses fatores, diz Eduardo Carvalho, que se pode dimensionar com precisão a importância de se construir um grande complexo portuário no rio Guamá, como o que está projetado para Inhangapi, o chamado “Porto Pernambuco” ou, mais apropriadamente, a Plataforma Logística do Guamá. A ideia, que o empresariado paraense vai tentar viabilizar no próximo governo, é desviar da Região Metropolitana todo esse tráfego pesado, poupando a capital de maiores problemas no trânsito e dando uma nova dinâmica ao transporte de cargas no Estado.

A Plataforma Logística do Guamá foi concebido, na ótica dos armadores, como um centro de serviços, relacionados com atividades dos setores de transporte, armazenagem, distribuição e produção regional. O projeto prevê a construção de um centro logístico integrado de serviços, parque industrial e estrutura urbana de apoio, bem como a implantação de uma instalação portuária pública de pequeno porte. A previsão é de que a plataforma irá melhorar o fluxo de cargas entre as principais cidades por ela atendidas e o território nacional, reduzindo custos de fretes.

Em relação ao tráfego pesado que hoje ajuda a asfixiar a RMB, o ex-presidente do Sindarpa chama atenção para o crescimento do volume de cargas oriundas da Região Nordeste, de onde procedem os carregamentos de trigo, açúcar, sal, sabão, aguardente, produtos químicos e material de limpeza. Hoje, segundo ele, o Nordeste, em forte expansão, está apresentando uma demanda de cargas muito superior, em termos percentuais, à Região Sudeste. Os produtos da Zona Franca de Manaus destinados ao Nordeste, por exemplo, têm aumentado muito, enquanto as cargas destinadas ao Sudeste estão saindo em parte pela rodovia Cuiabá-Santarém.

Esse fluxo de cargas, segundo Eduardo Carvalho, passará a ser atendido no futuro pela Plataforma Logística do Guamá, o que reduzirá substancialmente os focos de tensão no tráfego urbano de Belém e de toda a Região Metropolitana. Além desse benefício, a Plataforma induzirá também à atração de investimentos para outras áreas de negócios associadas à navegação, como a construção de estaleiros, indústrias de transformação, plantas agroindustriais e outras atividades econômicas em áreas afins com o setor naval.

(Diário do Pará)

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