Os últimos momentos de Cristo antes da crucificação foram relembrados ontem durante a celebração da Paixão do Senhor, realizada na Catedral Metropolitana de Belém. Em silêncio na maior parte da celebração, os católicos reviveram o momento em que Jesus morre e é sepultado.
A celebração iniciou com a liturgia da palavra, na qual Jesus se reporta a Deus e diz que entrega nas mãos de seu pai o seu espírito. Em seguida, iniciou o ritual da Paixão de Cristo relembrando o momento em que Jesus é levado pelos soldados romanos a Anás, Caifás e Pilatos. Após ser preso e amarra- do, ele é interrogado, mas não responde às perguntas do sumo sacerdote. Jesus chega a levar uma bofetada de um soldado e é negado pelo discípulo Pedro três vezes.
Pilatos pergunta ao povo sobre Jesus e eles clamam pela crucificação. Segundo o arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, Jesus sabia que havia chegado a sua hora e que deveria entregar seu corpo e seu espírito. “Por que Jesus morreu? Para matar a morte, para ressuscitar e conduzir a nossa vida”, lembrou Dom Alberto. O arcebispo pediu aos fiéis um minuto de silêncio para meditarem sobre alguma passagem da liturgia e da Paixão centenas de fiéis se aglomeraram para tocar na imagem de Cristo. O som das de Cristo.
A celebração seguiu para o seu terceiro momento com a Oração aos Pés da Cruz. A imagem do Senhor Morto saiu da sacristia e foi conduzida pelos corredores da igreja. Nesse momento, matracas anunciavam que Cristo havia sido sepultado.
SACRIFÍCIO
O momento foi marcante na celebração e emocionou os católicos. “Choro porque me emociono ao imaginar que o nosso senhor tão jovem se sacrificou tanto por nós ao ponto de dar a sua própria vida”, disse a aposentada Maria Eulália.
Em meio a muitas orações, uma grande fila se formou para que os fiéis pudessem tocar na imagem do Senhor Morto e de Jesus Cristo na Cruz. Enquanto uma multidão rezava no interior da igreja, o cura da Sé, padre Gonçalo Vieira conduzia a procissão que leva a imagem de Nossa Senhora das Dores até a igreja de São João, na Cidade Velha. Segundo o padre, a procissão relembra o per- curso da mãe de Jesus, Maria, que acompanhou o filho até o sepultamento. “Assim como Maria fez, que as mães sempre acompanhem seus filhos e nunca os abandonem”, destacou o padre.
(Diário do Pará)
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