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Atrasos no transporte geram protesto

A manhã de ontem foi marcada por protestos de quem precisava chegar a municípios através da quarta ponte da Alça Viária, que fica sobre o rio Moju. A ponte que liga a PA-150 ao município de Moju foi quebrada no dia 23 de março, após uma balsa colidir com

A manhã de ontem foi marcada por protestos de quem precisava chegar a municípios através da quarta ponte da Alça Viária, que fica sobre o rio Moju. A ponte que liga a PA-150 ao município de Moju foi quebrada no dia 23 de março, após uma balsa colidir com um dos pilares de sustentação.

Além da fila quilométrica de carros particulares, caminhões, carretas, ônibus e motos, muitas pessoas caminham para poder embarcar nas balsas que estão fazendo a travessia. Os estudantes da Universidade Estadual do Pará (Uepa) de Moju vivem um caos todos os dias, após a interdição da ponte. Por isso, ontem eles saíram em uma manifestação para reivindicar a solução do problema.

“Hoje, estamos nos manifestando porque queremos ser ouvidos pelo poder público. Depois que a ponte foi quebrada perdemos horas e horas para chegarmos ao campus da Uepa, em Moju. Não temos prioridade para ir às aulas e se quisermos ir mais rápido temos que pagar. Além das aulas perdidas, temos que andar vários quilômetros para pegar a balsa. Nosso ônibus não tem prioridade. Saímos muito cedo de Abaetetuba e sempre chegamos tarde devido a falta de organização do tráfego. Tem alunos que já estão desistindo do curso” , lamenta Thamires Vasconcelos, estudante do curso de Biologia.

Os estudantes protestavam ao lado dos professores e funcionários da instituição de ensino, que estão sendo prejudicados com a ineficiência do transporte para a travessia. Os professores estão preocupados com o não cumprimento do conteúdo programático do ano letivo dos alunos. “Com a queda da ponte, se estabeleceu um caos e uma desordem. Hoje, a Uepa vive em um momento muito difícil. Os professores não conseguem desenvolver um cotidiano escolar, devido a grande dificuldade com a logística. Temos aparato do Estado, mas não está funcionando. Os alunos estão perdendo a carga horária”, explica Telmo Araújo, coordenador do campus de Moju.

Fabiana Kolling, supervisora de fiscalização da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon), informou que os alunos seriam atendidos em suas reivindicações. “Eu trabalho aqui de 6h às 18h. Vou dar o meu número e vocês podem me ligar que eu vou liberar o ônibus escolar de vocês para terem logo acesso à balsa”, disse Fabiana, ao explicar que a embarcação deve ser equilibrada com o peso dos veículos e que não se trata de prioridade e sim de organização estrutural na acomodação dos transportes na balsa.

Os manifestantes se encaminharam ao campus da universidade em uma passeata pacifica. O vice-reitor da Uepa, Rubens Cardoso da Silva chegou ao município de Moju para conversar com os alunos e encontrar uma forma de amenizar as dificuldades enfrentadas por eles.

“Nós já deslocamos um ônibus para fazer o transporte dos estudantes. Vamos conversar com as prefeituras locais para, juntos, encontrarmos uma solução. Além disso, vamos ter uma conversa com os agentes de trânsito para pontuar o problema e pedir para que eles priorizem os ônibus escolares. No veículo fornecido aos alunos da Uepa já estamos providenciando uma plotagem de identificação”, esclarece.

CAMINHONEIROS

Outra classe que está sendo muito prejudicada com a interdição da ponte é a dos caminhoneiros, que estão passando horas na fila de espera para o embarque na balsa. “Estamos levando dias de atrasos na entrega das mercadorias. Os agentes de trânsito priorizam umas pessoas e excluem outras. Nós também somos gente”, reclama Alberto Farias, que transporta frutas de Belém para os municípios de Moju, Tailândia e Marabá.

Francisco de Oliveira Gomes, que também transporta frutas, reclama da demora causada pela falta do acesso a ponte. “Cheguei às 23 horas de ontem (segunda-feira) e hoje (terça-feira) ainda estou aqui esperando para embarcar. Se eu perder mais tempo aqui, as frutas vão estragar. A lona que cobre esquenta os produtos, o que vai abafar e apodrecer tudo”, afirma Francisco.

O agente do Departamento de Trânsito do Pará (Detran), João Oliveira, diz que existem algumas prioridades em relação ao embarque. “Nós acomodamos primeiro as ambulâncias, medicamentos, os veículos de passageiros coletivos, depois os caminhões com cargas inflamáveis, as perecíveis e as vivas, e depois os demais. Temos que fazer uma triagem para o equilíbrio da embarcação e, por isso liberamos uns veículos pequenos e outros grandes por vez”, explica.

Na segunda- feira (14), populares da PA-252, incendiaram a ponte sobre o córrego do quilômetro 36 da via. Ele protestavam contra as péssimas condições da pista, que além de estar sem pavimentação, tem 56 quilômetros de piçarra. A PA- 252 se tornou uma das principais rotas alternativas para o tráfego na região. Ela liga o município do Acará ao Moju e nas frequentes chuvas ela se torna um verdadeiro lamaçal. O DIÁRIO contatou com a Secretaria de Transporte (Setran), mas até o fechamento desta edição não obtivemos respostas.

Terceira balsa mal começou a operar e já está quebrada

A nova balsa que passou a trafegar no último domingo, para atuar em um sistema de revezamento com as duas já existentes, já não está mais circulando. O dano teria sido causado quando um caminhão de alto porte foi entrar na embarcação e a rampa que dá acesso à balsa não aguentou o peso e ruiu. “Todos os dias fica um engarrafamento de mais de três horas para embarcar. A outra balsa que chegou essa semana melhorou o fluxo, mas no outro dia ela quebrou”, conta Roberto Pereira Ribeiro, mototaxista.

Segundo Eurico Souza, do Grupo Técnico Hidroviario (GTH) da Arcon, a balsa de 100 metros de comprimento e 18 de largura está em manutenção. “Ela era bem grande e comporta bastantes veículos. No mais tardar amanhã (hoje), ela deve voltar às atividades.

De acordo com a Arcon, 1.160 veículos estão sendo transportados pelas duas balsas, no intervalo de 24 horas. Com ajuda da terceira, que está quebrada, o número subirá para 1.470. A nova balsa tem duas rampas, onde os veículos entram por um lado e saem por outro, sem fazer manobras, o que diminuiria o tempo de espera na fila de embarque.

(Diário do Pará)

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