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Combustíveis devem elevar preços de alimentos

A alimentação pode ficar ainda mais cara em todo o Estado do Pará. A expectativa se deve ao ajuste do preço dos combustíveis que começa a ser praticado a partir de hoje, 16, nos postos de gasolina do Pará. O aumento do combustível decorre da decisão tomad

A alimentação pode ficar ainda mais cara em todo o Estado do Pará. A expectativa se deve ao ajuste do preço dos combustíveis que começa a ser praticado a partir de hoje, 16, nos postos de gasolina do Pará. O aumento do combustível decorre da decisão tomada pelos governos de nove estados, entre eles o Pará.

Mais caro, o combustível, em especial o diesel, deve afetar a cadeia de produção até chegar ao bolso do consumidor final, como explica Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese/Pa. “No Pará, um ajuste no combustível tem efeito dominó, já que 60% do que consumimos são produtos importados, que chegam até o consumidor após longas viagens nas rodovias e mesmo no transporte hidroviário. Com o aumento do combustível, o valor automaticamente passa para o preço do frete e, por último, repassa para o preço do produto que chega às gôndolas até o consumidor. Já esperamos um impacto a partir dos próximos dias”, disse.

Segundo o supervisor, o impacto só deve ser sentido a partir da segunda quinzena de abril, quando o mercado começará a reagir ao ajuste da tabela de preço dos combustíveis fixado pelos governos estaduais para efeito de cálculo na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

“Isso poderá chegar ou não ao consumidor, depende de como os postos vão repassar a nova inserção do ICMS na bomba. Se o repasse for pequeno, o impacto será pequeno e vice-versa. Qualquer que seja o repasse, o efeito não será só na bomba de gasolina, mas em toda a sociedade”, completou o supervisor.

Como a elevação do valor dos combustíveis não será uniforme - na ordem de 3,6% foi para o etanol, a gasolina ficou em torno de 1% e o diesel foi reajustado em torno de 1,5% –, ainda não é possível afirmar uma previsão real deste impacto na cesta básica. “Isso poderia nem ser repassado para a população, mas o Sindicato de Combustíveis do Pará não querem assumir sozinhos esse aumento, já que eles afirmam que a margem de lucro no Estado ainda é muito baixa em relação aos demais”, disse
Sena.

(Diário do Pará)

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