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Policiais reagem a aumento dos oficiais

Os militares praças de Belém e Ananindeua fizeram uma série de protestos durante todo o dia de ontem contra a aprovação do Projeto de Lei 34/2014, na última quarta-feira (02), na Assembleia Legislativa, e que prevê aumento escalonado, que deve chegar a

Os militares praças de Belém e Ananindeua fizeram uma série de protestos durante todo o dia de ontem contra a aprovação do Projeto de Lei 34/2014, na última quarta-feira (02), na Assembleia Legislativa, e que prevê aumento escalonado, que deve chegar a 110% em 2018, para os oficiais - tenentes, capitães, majores e coronéis. Sugerida pelo deputado Parsifal Pontes (PMDB), uma emenda ao projeto estenderia o reajuste, no mesmo percentual, à base da Polícia Militar, mas foi rejeitada nas comissões legislativas, comandadas pela maioria governista.

O protesto dos militares iniciou na manhã, com uma discussão entre um oficial e uma praça do 6º Batalhão da Polícia Militar de Ananindeua, devido ao reajuste. A situação revoltou os demais praças que decidiram se aquartelar e não sair para rua, como de costume. Em poucas horas cerca de 600 praças paralisavam suas atividades.

Por volta das 8h eles chegaram a interditar uma das vias da Rodovia BR-316 em frente ao Batalhão até que uma comissão foi recebida pelo tenente-coronel Almério Moraes, em uma reunião que durou mais de três horas. Receosos de retaliação, os policiais não quiseram se identificar. A insatisfação de cabos, soldados, sargentos e subtenentes também é por conta da falta de pagamento de 30% da gratificação “risco de vida”, que deveria ser concedido desde janeiro aos policiais de baixa patente. “Deveríamos receber uma porcentagem de 30%, o restante do que é pago, resultando no montante de 100% da gratificação, mas já estamos há três meses e não recebemos essa parte que foi prometida desde o ano passado”, disse um cabo da PM que preferiu o anonimato. “Somos subalternos descartados. Enquanto que uma parte da categoria recebeu um reajuste acima de 100%, nós estamos nas ruas expostos, correndo risco de vida, somos nós, os “praças” que morrem todos os dias”, desabafou um deles.

Um cabo da PM, Arnaldo Nascimento teve um mal estar e foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) da Cidade Nova. Ele passa bem e o quadro de saúde dele é estável. Até o final da manhã, nada tinha sido resolvido e nenhum policial tinha sido preso.

NOITE

O movimento cresceu ao longo do dia e culminou com a adesão de outros batalhões no final da tarde. Por volta das 18h, o 6º Batalhão já estava tomado de militares. Mais de mil homens se aglomeraram em frente ao quartel em um grande protesto que fechou a pista da BR-316 no sentido Ananindeua-Belém. A paralisação causou um engarrafamento quilométrico desde Benevides. Por volta das 20h, os militares fecharam os dois lados da BR por cerca de 20 minutos. O trânsito ficou completamente parado no local.

Uma comissão tentava, no interior do quartel, definir os rumos do movimento. O deputado Parsifal Pontes ajudou a intermediar uma pauta de reivindicação a ser entregue ao governador Simão Jatene. Por volta das 21h, Pontes recebeu uma ligação informando que o presidente da AL, deputado Márcio Miranda seria o interlocutor do Governo.

Enquanto isso, em frente ao Batalhão a categoria gritava palavras de ordem contra o governador. “O governo do estado está de costas para as praças. Agora sabemos em quem não devemos votar”, diziam os manifestantes. O deputado Alfredo Costa (PT), também acompanhou todas as reuniões das praças.

Por volta das 21h, a categoria definiu a pauta a ser entregue ao governo. As praças não querem punição a nenhum militar que participou do ato e reivindica o mesmo aumento escalonado de 110% concedido aos oficiais. “Ou o Governo atende a nossa pauta ou vamos continuar paralisados”, disse o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Política Militar e Bombeiros, Cabo Francisco Xavier. Eles também reivindicam a troca do comandante do 6º BPM.

Às 22h, eles fecharam novamente a rodovia nos dois sentidos, provocando novo engarrafamento quilométrico. As duas pistas permaneciam fechadas até às 23h45. Após a negociação, ficou decidido que uma reunião, marcada para a manhã desta sexta-feira (4), na Assembleia Legislativa, irá discutir o assunto. Caso não haja acordo, os policiais disseram que voltarão a fechar a BR.

Sobre as manifestações, a Assessoria de Comunicação da Polícia Militar informou que a Corregedoria foi acionada para averiguar a situação e tomar as medidas cabíveis. A PM informou ainda que o policiamento está operando normalmente.

(Diário do Pará)

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