Mato e lama dominam cemitério Santa Izabel

O filho de Érica da Silva não pôde receber as orações ao pé da sepultura, como a mãe faz todo ano na data de aniversário dele, no cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá, em Belém. Érica denunciou, nesta terça-feira (18), através do WhatsApp do Diário do Pará o abandono das sepulturas, a falta de manutenção e a criminalidade no cemitério.

"Estive lá hoje de manhã. Logo na entrada, próximo ao portão principal, um senhor, correndo, perguntou para onde eu iria, já me avisando de que uma mulher foi assaltada dentro do cemitério. Disse para eu tomar cuidado. Fiquei assustada", contou Érica.

De acordo com a mulher, a segurança local ainda foi procurada, mas apenas um guarda municipal foi encontrado. "Ele estava sentado na frente do cemitério, conversando com os vendedores de flores", denuncia.

Além da insegurança, Érica disse sofrer para chegar na sepultura do filho, localizada na parte de trás do Santa Izabel. "O mato está muito alto, mal conseguimos ver as sepulturas. Tive muita dificuldade em chegar até onde meu filho estava. Um cenário de desrespeito com quem tem entes queridos sepultados aqui", reclama.

Segundo ela, a quantidade de lama entre os túmulos é grande também. "Por toda essa dificuldade, passei apenas 20 minutos orando para o meu filho, quando geralmente passo uma hora", disse Érica.

Na tentativa de falar com a administração do cemitério Santa Izabel, a mulher ficou sem respostas para suas denúncias. "Fui falar com o diretor do cemitério, mas um funcionário local disse que ele não poderia me atender, pois estava cheio de compromissos", explica.

O DOL entrou em contato com Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), através de e-mail, e aguarda posicionamento.

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(DOL)