plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Mato toma conta de Cemitério do Tapanã

Com o buquê escolhido com carinho ainda em mãos, o cenário avistado pela doméstica Marly do Socorro assim que adentra o Cemitério do Tapanã, onde enterrou um filho há três anos, não poderia ser mais entristecedor. No caminho de concreto que dá ace

Com o buquê escolhido com carinho ainda em mãos, o cenário avistado pela doméstica Marly do Socorro assim que adentra o Cemitério do Tapanã, onde enterrou um filho há três anos, não poderia ser mais entristecedor. No caminho de concreto que dá acesso às sepulturas, os buracos são apenas um dos problemas. Entre as sepulturas e bancos que deveriam ser destinados aos visitantes, o mato, já alto, encobre cruzes e calçadas. Das plaquinhas que deveriam identificar as quadras e subquadras do cemitério, já não se consegue ler quase nada. “Isso é uma falta de respeito com os nossos parentes que estão enterrados aqui”.

Acompanhando a mãe que já há algum tempo não visitava o cemitério, o modelo Humberto Garrido já planejava retirar os restos mortais do irmão do cemitério antes mesmo de encontrar a sepultura. “A administração desse cemitério já deveria ter feito alguma coisa. Eu vou mandar tirar o meu irmão daqui”, decidiu. “Isso é um desrespeito não só com os nossos parentes, mas com os familiares também que não conseguem nem fazer uma homenagem digna aos entes”.

Seguindo pelo caminho principal do cemitério, além dos buracos, é preciso desviar dos indícios da presença de animais no local. “A gente vê que tem até fezes de bichos aí, de boi. A gente perguntou ali e disseram que eles entram mesmo porque uma parte do muro lá atrás tá quebrada”, constata o carpinteiro Manuel Ferreira, que também foi ao local visitar o túmulo do pai. “Tá fraca a manutenção aqui mesmo. A gente vê que tá tudo abandonado. Até bicho já vem pastar dentro do cemitério”.

Já encobrindo boa parte das cruzes que marcam os túmulos, o mato alto se espalha por todos os cantos do cemitério público. Logo na entrada, às proximidades do estacionamento, uma grande quantidade de bloquetes de concreto empilhados se soma ao amontoado de lixo.

Local “sagrado” serve até para pasto de animais

“Meu pai faleceu ano passado e a gente sempre vem visitar o túmulo dele e toda vez nos deparamos com isso, tudo tomado pelo mato”, afirma a balconista Natália Assunção que, como alternativa, é obrigada a arcar com os custos de um serviço de limpeza privada para garantir o mínimo de manutenção à sepultura do pai. “No natal do ano passado mesmo eu vim e tava tudo do mesmo jeito, horrível. A gente tem que pagar alguém pra limpar todo mês porque, se deixar pela responsabilidade do cemitério, o túmulo some aí no meio do mato. É capaz da gente nem encontrar mais o túmulo quando vier”.

Ciente dos problemas, o administrador do cemitério, Reinaldo Aquino, afirma que providências já estão sendo tomadas. “Estamos sempre cuidando do cemitério. Um mês atrás ele foi todo limpo, mas o capim cresce muito rapidamente, porém medidas já estão sendo tomadas para início do mês de abril já fazerem a limpeza”, garantiu. “Sobre os bois que entram, não é todo dia. A chuva causou um alagamento lá atrás e o muro caiu e os animais entram por lá à noite, mas já foi feito um orçamento para reconstruir o muro nessa próxima semana. A Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) já foi até informada para notificar o dono dos animais para prender eles”.

(Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias