plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 29°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Testemunha de julgamento quer deixar o Pará

Após a absolvição do principal acusado de matar um casal de extrativistas no interior do Pará, uma testemunha da acusação se disse ameaçada e pediu sexta-feira para deixar o Estado.Laísa Sampaio, 47, é irmã de Maria do Espírito Santo, morta em mai

Após a absolvição do principal acusado de matar um casal de extrativistas no interior do Pará, uma testemunha da acusação se disse ameaçada e pediu sexta-feira para deixar o Estado.
Laísa Sampaio, 47, é irmã de Maria do Espírito Santo, morta em maio de 2011 ao lado do marido, José Cláudio Ribeiro da Silva.

Ela vive em um assentamento rural em Nova Ipixuna (sudeste do PA), a cerca de 4km do agricultor José Rodrigues Moreira, absolvido da acusação de ser o mandante das mortes.

No julgamento, diante dele e de dois acusados de serem os pistoleiros, a professora Laísa contou que o casal -- que denunciava posseiros e madeireiros da região-- vinha sendo ameaçado e tinha um conflito com Moreira.

O crime teve repercussão internacional e expôs o agravamento da violência agrária na região da Amazônia.

O resultado do julgamento -- apenas os executores foram condenados a penas de até 45 anos de prisão -- revoltou militantes que acompanhavam a sessão, que chegaram a lançar pedras e a pichar a fachada do fórum de Marabá.
“Depois do resultado aumentou o medo”, afirmou Laísa, que disse ter sido orientada a não voltar ao assentamento pois seria “perigoso”.

PROTEÇÃO

Laísa integra desde 2012 o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. “Meu nome está inserido no programa porque estou ameaçada. Mas não tenho segurança nenhuma.”

A secretaria informou que o programa acompanha a professora periodicamente, e que escoltas policiais ocorrem quando solicitadas -- o que Laísa diz ter feito.

A pasta também divulgou nota conjunta com o Ministério do Desenvolvimento Agrário em que afirma que a absolvição de Moreira traz “sensação de impunidade” e “prejudica a luta dos que defendem a geração de renda com preservação da floresta”.

A CPT (Comissão Pastoral da Terra), braço agrário da Igreja Católica no Brasil, criticou o resultado do julgamento e disse que a situação dos familiares do casal morto é “grave” e “vulnerável”.
O Ministério Público do Pará pediu um novo julgamento. O recurso será analisado pela segunda instância do Judiciário paraense, em Belém.

(FP)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias