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PREVENÇÃO

Dia Mundial de Combate ao AVC alerta para fatores de risco

Pará é o líder de internações causadas por esse problema de saúde no Brasil, com mais da metade das ocorrências registradas no Norte. Especialista garante: cerca de 90% dos casos podem ser evitados

Imagem ilustrativa da notícia Dia Mundial de Combate ao AVC alerta para fatores de risco camera Praticar atividades físicas é um dos hábitos saudáveis que pode ajudar na prevenção do AVC | Wagner Almeida

Muito falado, mas ainda pouco conhecido, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda causa de morte e a primeira de incapacidade em todo o mundo. No Brasil, o Pará é campeão de internações causadas por esse problema, com mais de 60% dos casos registrados na região do país. Dados do Ministério da Saúde mostram que até junho de 2019, o Estado se destacou como o maior número de internações por complicações advindas do “derrame cerebral”, como é popularmente é conhecido, somando quase dois mil casos. Para chamar atenção do problema foi criado o Dia Mundial de Combate ao AVC, no dia 29 de outubro, com o objetivo de conscientizaras pessoas sobre as formas de prevenção da doença.

De maneira resumida, o AVC é uma alteração do fluxo sanguíneo do sistema nervoso central. Essa situação pode ocorrer de duas formas, como explica o neurologista Antônio de Matos, especialista em doenças endovenosas. “Há dois tipos, os isquêmicos, quando há a obstrução de um vaso sanguíneo no cérebro provocada pelo acúmulo de placas de colesterol. Isso reduz ou impede a circulação em determinada região cerebral. E o hemorrágico, quando acontece a ruptura de um vaso sanguíneo, com sangramento dentro do cérebro”, detalha.

Embora pareçam complexos, 90% dos casos podem ser evitados, de acordo com o médico, adotando-se medidas simples. “Todas elas relacionadas ao hábito de vida saudável, controlando a alimentação, o colesterol, além de não fumar, praticar atividade física, combater a obesidade, a pressão alta e a diabetes”, lista.

GENÉTICA

Já os fatores genéticos, apesar de relevantes não são determinantes. “Algumas pessoas têm maior predisposição por conta do histórico familiar, mas esse é um fator chamado modificável”, acrescenta.

O especialista alerta ainda ser fundamental estar atento aos sintomas, identificado entre os médicos pela sigla Samu. “O ‘S’ é de sorrir, porque se a pessoa tiver dificuldade para mexer a boca pode ser um sinal; o ‘A’ é de abraço, porque ela pode não conseguir mover um dos braços; o ‘M’ é de música, porque a pessoa acometida por um AVC pode apresentar alteração na fala e o ‘U’ é de urgência, ou seja, aquele que apresentar esses sinais deve ser levado imediatamente ao hospital, porque nesses casos - como costumamos no meio médico, o ‘tempo é cérebro’ - o atendimento deve ser imediato”, detalha.

Com relação às sequelas, o médico explica que elas vão depender de cada caso. “Vai depender da área do cérebro acometida e também do tempo do socorro. Não dá para a pessoa sentir um desses sintomas e ir dormir para depois procurar uma urgência, isso precisa ser imediato”, alerta.

Ele chama atenção ainda para alguns fatores de riscos, como as arritmias, que podem causar AVC. “Isso ocorre porque o coração acaba formando trombos, como também se observa nas trombofilias que levam a coagulações, que têm ocorrido em alguns casos da Covid-19. Já entre os mais jovens, a anemia falciforme também é um fator de risco”, ressalta.

Por afetar áreas do cérebro é comum muitas pessoas associarem dores de cabeça entre os sintomas do AVC, mas não é bem assim. “A maior parte, 90% delas, são normais. As pessoas devem ficar atentas no caso das dores de cabeça diferentes daquelas que sentem normalmente, quando são incapacitantes, quando não consegue se mover e não cessam com as medicações comuns. Nesses casos, é recomendável procurar um médico para que seja excluído do AVC hemorrágico.”

Em todo o mundo, uma em cada quatro pessoas terá um AVC. No Brasil, essa proporção é um pouco menor, uma em cada seis. “A partir dos 55 anos, as pessoas com fatores de riscos já devem procurar um médico para receber orientações e dependendo do caso, fazer usode alguma medicação”, diz.

Ele chama atenção, no entanto, que a doença pode acometer ainda que com menos frequência, pessoas de todas as idades, inclusive crianças.

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