Protestos deixam quatro mortos e 130 feridos na Venezuela

Após três dias de intensos protestos de opositores e apoiadores de Nicolas Maduro, a situação na Venezuela continua tensa. Já há a confirmação de ao menos quatro mortos e 130 neste período, segundo o Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais.

O autoproclamado presidente interino Juan Guaidó e o próprio Maduro, que buscaram nos últimos dois dias medir suas forças por meio de manifestações, prometem não parar os atos enquanto seus objetivos não forem alcançados. Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, convocou "greves escalonadas" a partir desta quinta-feira (02) até conseguir uma greve geral. Maduro, por sua vez, marchou ao lado de milhares de soldados das Forças Armadas Bolivarianas, e reconheceu que o regime precisa "urgentemente" de retificações e conclamou os venezuelanos a projetar "um grande plano de mudança".

Em discussão na sede das Nações Unidas, Rússia e Estados Unidos acusam-se mutuamente de interferência externa na situação do país sul americano. O governo Trump diz que, se não fosse o apoio russo, o governo de Maduro já teria caído. O governo de Putin, por sua vez, afirma que os EUA são os responsáveis por estrangular economicamente a Venezuela, para impor um governo favorável a sua política. Especialistas temem por um novo conflito entre as duas potências. Ambas dizem-se preparadas para um confronto militar.

(Fonte: Uol)