Moçambique: mais de duas mil pessoas já foram infectadas com cólera

O número de pessoas infectadas com cólera voltou a crescer após a passagem do ciclone Idai pelo país. Surgiram 353 novos casos registados no centro de Moçambique esta quinta-feira (04).

De momento, há registro de 2.094 pessoas que já foram infectadas no surto causado pela destruição. De acordo com as autoridades moçambicanas, a percentagem de doentes curados é de 94%, sendo que duas pessoas morreram.

Na última quarta-feira foi iniciada uma campanha de vacinação contra a cólera que deverá abranger 884 mil pessoas na antiga colônia portuguesa.

Recorde-se que a passagem do ciclone Idai é o maior desastre da história de Moçambique e fez pelo menos 598 mortos.

Brasileiros Ajudam em Resgates

Equipes brasileiras começaram a atuar em Moçambique em apoio às vítimas do ciclone. A previsão inicial é que eles permaneçam durante 30 dias no local, contribuindo para atividades de resgate nas cidades de Beira e Dondo, áreas mais prejudicadas. Além de Moçambique, o ciclone Idai atingiu os países Zimbábue e Malaui.

O grupo é formado por 20 especialistas em busca e salvamento da Força Nacional de Segurança Pública. Também integram a missão 20 especialistas nessas atividades de resgate do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que atuaram no caso do rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG) em janeiro deste ano, que deixou mais de 200 mortos.

A ajuda humanitária brasileira foi solicitada pelo presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, ao presidente Jair Bolsonaro. Os bombeiros deverão ficar no país por pelo menos 15 dias. Já a equipe da Força Nacional permanecerá por 30 dias, período que pode ser prorrogado se houver necessidade.

(DOL)