A estátua do navegador do séc. XV Cristóvão Colombo foi retirada do Grand Park, no centro de Los Angeles, após 45 anos.
A remoção do monumento faz parte de um conjunto de medidas da cidade, a começar em 2017, quando substituiu o feriado do Dia de Colombo pelo Dia dos Povos Indígenas na cidade, para homenagear os povos nativos da América. Trata-se de uma cruzada contra os símbolos da época dos Descobrimentos, que para muitos são representações de ódio, de opressão e de discriminação racial.
A ex-secretária de Comércio e atual membro do conselho do supervisão de Los Angeles, Hilda Solis, classificou o monumento como um símbolo "de um capítulo manchado da história, que romantiza a expansão dos impérios europeus e a exploração de recursos naturais e de seres humanos”.
“Minimizar – ou pior, ignorar – a dor dos nativos de Los Angeles é um mau serviço à verdade. A remoção da estátua de Colombo do Grand Park é um ato de justiça e de reparação que honra e aceita o espírito resiliente dos habitantes nativos do nosso condado. Com a sua remoção, começamos um novo capítulo da nossa história, onde aprendemos com os erros do passado, para que não os repitamos”, acrescentou Solis em comunicado.
More than 100 Angelenos gathered Saturday morning to watch crews remove a bronze statue depicting Christopher Columbus. #NativeAmerican #NativeTwitter #IndigenousPeoplesDay pic.twitter.com/YtymNenKhE
— Mitch O'Farrell (@MitchOFarrell) 10 de novembro de 2018
O vereador Mitch O'Farrell, descendente da tribo Wyandotte de Oklahoma e responsável pelas medidas, considera que a remoção da estátua “é um passo natural no processo de eliminação da falsa narrativa que Cristóvão Colombo descobriu a América”, e que a “sua imagem não devia ser celebrada em lado nenhum”.
“Colombo foi responsável por atrocidades e as suas acções levaram ao pior genocídio registado”, disse o vereador, em comunicado.
Os vereadores de Los Angeles, O'Farrell e Solis, têm trabalhado em colaboração com as organizações indígenas locais para remover a estátua e decidir o que vai substituir o monumento. De acordo com Rudy Ortega, presidente da Los Angeles City/County Native American Indian Commission e da Fernandeño Tataviam Nation, a eliminação da estátua permitirá reconhecer e honrar os nativos americanos de Yaangna – a Los Angeles de hoje.
(Fonte: El País)
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