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Abelhas viciadas em pesticidas contribuem para escassez de alimento; entenda

As abelhas estão começando a desenvolver um gosto por pesticidas semelhante ao vício em nicotina que atinge fumantes. Cientistas descobriram que, ao entrar em contato com o pólen de plantas que cresceram com o auxílio dessas substâncias, elas começavam a

As abelhas estão começando a desenvolver um gosto por pesticidas semelhante ao vício em nicotina que atinge fumantes. Cientistas descobriram que, ao entrar em contato com o pólen de plantas que cresceram com o auxílio dessas substâncias, elas começavam a rejeitar flores sem pesticida. E esse é apenas mais um problema que atinge esses animais, que estão se tornando cada vez mais raros em nosso planeta.

O estudo, feito pelo Imperial College London e a Queen Mary University, analisou 10 colônias de abelhas, durante 10 dias. Os pesquisadores ofereciam a elas dois tipos solução de açúcar, uma normal e outra com tiametoxam, um tipo de pesticida neonicotinoide.

"Tendo a opção de escolha, as abelhas pareciam evitar os alimentos tratados com neonicotinoides. Contudo, à medida que algumas delas experimentavam os alimentos contaminados, iam desenvolvendo uma preferência pelos que continham o pesticida", explicou o Dr. Richard Gill, um dos autores do estudo, ao jornal The Guardian.

Pesticidas neonicotinoide são quimicamente semelhantes à nicotina, o composto viciante do tabaco. E eles estão entre as principais ameaças às abelhas. "A exposição a neonicotinóides pode prejudicar as funções motoras, aprendizagem, orientação e navegação [das abelhas], o que pode reduzir individualmente o desempenho de forragear [procurar alimento]", afirma o relatório da pesquisa.

E nem precisa dizer: sem abelhas, sem polinização. E isso nos levaria a uma queda na variedade de alimentos disponíveis, uma vez que apenas alimentos básicos como trigo, arroz e milho se reproduzem sem o auxílio dos pequenos seres.

A União Europeia baniu, em 2013, três tipos de pesticidas neonicotinoide e caminha para uma proibição total fora de estufas fechadas. Mais de 1,5 mil estudos já foram realizados para comprovar quanto as abelhas estão sendo afetadas por essa situação.

No Brasil, um estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) chegou à mesma conclusão que os pesquisadores britânicos e comprovou que esse foi o motivo de grandes perdas de colônias de abelhas por aqui, especialmente em São Paulo e Santa Catarina. Contudo, isso ainda não foi o suficiente para a proibição aqui no Brasil, que segue utilizando esse pesticida em suas plantações.

(Fonte: The Guardian)

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