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Sobreviventes do Holocausto pedem que Israel não expulse refugiados africanos

Um grupo de judeus sobreviventes do Holocausto veio a público pedir ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que não expulse os cerca de 38 mil refugiados africanos no país, citando suas próprias experiências como exemplo para solidariedade e '

Um grupo de judeus sobreviventes do Holocausto veio a público pedir ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que não expulse os cerca de 38 mil refugiados africanos no país, citando suas próprias experiências como exemplo para solidariedade e 'amor ao próximo'.

"Nós, que sabemos exatamente o que é ser refugiado e desprovido de um estado que nos protege da violência e do sofrimento, não podemos compreender como um governo judeu pode expulsar refugiados e requerentes de asilo para uma jornada de sofrimento, tormento e morte ", disseram os 36 signatários de uma carta conjunta, em Haaretz nesta sexta-feira (26).

No último dia 3, Netanyahu disse aos imigrantes ilegais, principalmente eritreus e sudaneses, que fossem embora voluntariamente ou poderiam ir parar na prisão.

Ele defendeu sua decisão na reunião semanal de governo no domingo passado, negando que os potenciais deportados fossem refugiados. "Estamos agindo contra imigrantes ilegais que vêm aqui não como refugiados, mas por necessidades de trabalho", disse ele. "Israel continuará oferecendo asilo para refugiados genuínos e removerá imigrantes ilegais do seu meio".

Netanyahu não informou o destino dos imigrantes, mas Israel reconhece que é muito perigoso para estes refugiados retornar para o Sudão ou Eritreia, países que estão sofrendo uma explosão de violência nos últimos anos, e onde várias pessoas estão sendo escravizadas por facções ou grupos em busca de poder. Trabalhadores e meios de comunicação social convidaram Uganda e Ruanda para acolher os refugiados, mas Uganda acabou recusando publicamente e Ruanda ainda não se pronunciou.

O site da Organização de Ajuda para Refugiados e Buscadores de Asilo em Israel (ASSAF) diz que, de 10.000 pedidos de asilo de eritreus em Israel, apenas sete foram concedidos, enquanto apenas um dos sudaneses recebeu asilo.

(Fonte: The Guardian)

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