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Especialista desvenda mistério de fotos com pessoas mortas no século 19

Viva ou morta? (Foto: Flickr) Os anos que seguiram a Revolução Industrial, durante o século 19, não foram fáceis no Reino Unido. Apesar de ser uma época que costuma ser lembrada por seus luxuosos bailes e vestidos, a Era Vitoriana tinha mais a ver co

I see dead people. (Foto: Flickr)

Os anos que seguiram a Revolução Industrial, durante o século 19, não foram fáceis no Reino Unido. Apesar de ser uma época que costuma ser lembrada por seus luxuosos bailes e vestidos, a Era Vitoriana tinha mais a ver com a morte. Apesar da população não parar de crescer e o país ser o mais poderoso do mundo, a expectativa de vida era baixíssima. Não passava dos 44 anos mesmo nas classes mais abastadas.


A medicina praticamente não existia e as pessoas morriam aos montes, normalmente em suas casas. Para eternizar a memória dessas pessoas, eram fotografadas para parecerem vivas em meio aos seus familiares que ainda respiravam. Ou pelo menos é isso que contam por aí historiadores e jornais de grande circulação.

O fotógrafo Mike Zohn resolveu pesquisar essa história. Descobriu que todas essas pessoas das fotos não só parecem vivas, como na verdade estão. Segundo ele, a confusão nasceu graças ao incipiente processo fotográfico da época, e uma boa dose de sensacionalismo dos tempos atuais.

O daguerreótipo, primeira máquina fotográfica que se popularizou, demandava uma longa exposição para gravar a imagem em uma placa de cobre e prata. Quando inventado, em 1839, a pessoa precisava se segurar na mesma pose por até um minuto e meio para que a foto não saisse tremida. Em 1850, esse tempo caiu para cerca de oito segundos.

O "suporte de pose" era usado para evitar que a foto saísse borrada.  (Foto: Mike Zohn)

Como nem todo mundo conseguia ficar imóvel por tanto tempo, as pessoas apelavam para artimanhas. Utilizavam os chamados “posing stands”, ou “suporte de pose” em português, para se apoiarem enquanto a fotografia era tirada. Feitos de ferro, os equipamentos pareciam com um pedestal de microfone, pesando cerca de 10 quilogramas. “Não eram vigorosos o bastante para suportar o peso de uma pessoa morta”, afirma Zohn.

Escritor Lewis Carroll anos antes de sua morte.  (Foto: Domínio Público)

Uma boa prova de que essas pessoas estavam na realidade vivas é essa acima. Não é difícil encontrar nos sites que contam sobre a estranha relação com a morte na sociedade vitoriana. Nela, a pessoa utiliza o braço para suportar a cabeça, e com esse olho caído, faz muitos acreditarem que ele está morto. Mas, na verdade, é uma fotografia de Lewis Carroll, autor de Alice no País das Maravilhas, anos antes de sua morte.

De acordo com Zohn, o filme “Evocando Espíritos”, de 2009, ajudou a espalhar a lenda. Muitas das fotografias que circulam na internet, não são da era vitoriana, mas sim produzidas para aparecerem no filme. O que mais o surpreende é que o século 19 não faz tanto tempo assim, sendo muito bem documentado em textos, fotografias, ilustrações, aos quais dedicou tempo de pesquisa. “Você pode ler as palavras das pessoas que inventaram o suporte de pose e como eles usavam. Você pode ler relatos dos fotografos da época”, conta. “E ninguém menciona algo como pessoas mortas”.

Não era fácil tirar uma fotografia no século 19. (Foto:  LIBRARY OF CONGRESS/ LC-USZ62-19393)

Fonte: Revista Galileu

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