Ataques aéreos de aviões da coalizão militar liderada pelos Estados Unidos mataram ao menos 30 pessoas nesta segunda-feira (18), na província de Deir al-Zor, região leste da Síria. Entre as vítimas fatais estão mulheres e crianças, disseram moradores e ativistas.
O porta-voz da coalizão, o coronel da Força Aérea dos EUA John Dorrian, confirmou que a coalizão liderada pelos EUA conduziu ataques aéreos nas proximidades da cidade de al-Bukamal, mas disse não poder “confirmar a veracidade das acusações de mortes civis”.
A cidade fronteiriça tem sido refúgio nos anos recentes para milhares de sírios deslocados de Aleppo e outras áreas, incluindo Iraque, onde seus moradores possuem fortes laços tribais pela fronteira.
Um ativista em contato com parentes em al-Bukamal disse que ao menos três casas foram achatadas no distrito residencial de Hay al Masriya e ao menos 30 pessoas, em maioria mulheres e crianças de seis famílias, foram mortas.
Um segundo ex-morador da cidade deu um número similar e disse que a quantidade deve crescer, com diversos casos críticos entre as muitas pessoas feridas.
A agência de notícias Amaq, que é afiliada aos militantes, divulgou um vídeo que diz mostrar danos extensos a uma série de casas dentro da cidade e membros das equipes de resgates cuidando de crianças. Houve outras mortes em operações em diversos vilarejos próximos a al-Bukamal.
APÓS BREVE PERÍODO, ATAQUES VOLTARAM A SER INTENSOS
Após a vitória das forças aliadas ao governo de Assad e a retirada da tropas rebeldes em Alepo, um dos principais bastiões da Sírial, o país devastado por mais de cinco anos de guerra chegou a vislumbrar um breve período sem ataques de ambos os lados.
Mas um ataque com armas químicas no último dia 4, de autoria desconhecida, foi o estopim para esquentar a tensão entre as potências envolvidas na guerra da Síria. De um lado, Estados Unidos acusam o governo Síria pelo ataque, de outro, Rússia e Assad colocam a responsabilidade no governo Trump.
Bashar Al Assad, presidente da Síria, gravou um vídeo em que surge atribuindo o ataque químico a interesses norte americanos no Oriente Médio. Confira a entrevista:
(Com informações de Reuters)
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