Apesar de ter prometido não usar armas nucleares de urânio empobrecido durante suas incursões militares na Síria, o governo dos Estados Unidos admitiu que disparou milhares destas mortíferas bombas no território sírio durante os anos de conflito. Os relatórios que apontam para o uso do nuclear são da revista Foreign Policy.
O porta-voz do Comando Central norte americano, Major Josh Jacques, disse à Foreign Policy que 5.245 cartuchos de 30 mm, contendo 30% de urânio empobrecido, foram disparados da aeronave da Força Aérea A-10 em 16 de novembro e 22 de novembro, 2015, destruindo cerca de 350 veículos no deserto oriental do país. "
Em conjunto com os aliados europeus, os norte-americanos apoiaram as forças de oposição ao governo de Bashar Al Assad na Síria. Antes da operação militar no norte da Síria, o porta-voz da Casa Branca John Moore disse em 2015:
“Nossas aeronaves de coalizão não usarão munições de urânio empobrecido no Iraque ou na Síria durante a Operação".
Efeito Devastador
Numerosos estudos descobriram que o urânio empobrecido é particularmente nocivo quando a poeira é inalada pela vítima. Um estudo da University of Southern Maine descobriu que:
"Urânio empobrecido causa danos no DNA de células de pulmão humano”. Para chegar a conclusão, a equipe, liderada por John Pierce Wise, expôs as células a compostos de urânio em diferentes concentrações.
Os Estados Unidos estão envolvidos em atividades militares na Síria desde 2011, em violação da legislação internacional e norte-americana. Não há autorização do Congresso para a ação militar dos EUA contra o ISIS na Síria.
Os cidadãos da Síria serão forçados a suportar maiores riscos de câncer, defeitos congênitos e outras doenças relacionadas à exposição a materiais radioativos. O urânio empobrecido é o subproduto do enriquecimento de urânio para alimentar as centrais nucleares e tem duração de efeito estimado em centenas de milhões de anos. Danos ao território sírio continuarão assim muito tempo.
(Com informações de The Guardian)
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