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Mais de 6 mil rebeldes das FARC deixam as armas

Os guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) continuam dando prova de que realmente almejam a paz após mais de meio século de conflito. A "última longa marcha" que eles iniciaram no sábado (28) para alcançar as 26 áreas controla

Os guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) continuam dando prova de que realmente almejam a paz após mais de meio século de conflito.

A "última longa marcha" que eles iniciaram no sábado (28) para alcançar as 26 áreas controladas pela ONU, onde deverão abandonar suas armas, acontece sem incidentes. A transferência é uma das etapas mais importantes do acordo de paz concluído com o governo colombiano.

Segundo o Alto Comissário para a Paz, Sergio Jaramillo, a movimentação se intensificou nesta terça-feira (31), como estava previsto, depois do atraso provocado por vários problemas logísticos. Até o final desta quarta-feira (1), cerca de 6300 homens terão atingido as chamadas "zonas de transição" e poderão se reintegrar à vida civil. O prazo previsto para o desarmamento é de seis meses.

Para os colombianos que defenderam a negociação, o espetáculo é comovente. Milhares de homens e mulheres caminham pelo país ou são transportados em caminhões, navegam em botes e canoas, carregando seus pertences e animais de estimação. Prova da nova realidade, que encerra mais de 50 anos de conflito armado, as forças armadas fazem a segurança dos guerrilheiros até eles alcançarem as áreas sob controle da ONU.

A construção dos abrigos prometidos pelo governo atrasou. Em algumas regiões, ainda há falhas na distribuição dos alimentos e patrulhas paramilitares ameaçam o deslocamento. Segundo um informe apresentado nesta terça-feira (31) pela Fundação Paz e Reconciliação, uma ONG que investiga o conflito colombiano, apenas um dos pontos de desarmamento, o de Anorí, departamento (estado) de Antioquia (noroeste), está pronto para receber os rebeldes. "A preparação das zonas de desarmamento está pronta em 30% a 35%", disse León Valencia, diretor da organização.

O presidente Juan Manuel Santos, ganhador do Nobel da Paz por impulsionar o acordo de paz, reconheceu o desafio que representa a adequação dos lugares, devido à dificuldade de acesso pela distância e falta de infraestrutura.

O Alto Comissário para a Paz disse que nenhum incidente grave foi registrado até agora. "Não tivemos um único caso de membros das Farc que digam: 'Nós não vamos nos mover'". Ele detalhou que os guerrilheiros presos que estão recebendo anistias e indultos atualmente também poderão se dirigir às zonas de desarmamento, se quiserem, para se beneficiar dos projetos previstos. Aqueles que não receberem anistias serão posicionados em "zonas especiais", dentro dos pontos de concentração, enquanto seus casos séao reavaliados pela justiça especial, acordada no pacto de paz.

Próximo objetivo: a paz com a guerrilha ELN

Após o fim do conflito com as Farc, o governo colombiano confia agora em conseguir a "paz completa" fechando um acordo com o Exército de Libertação Nacional (ELN). O grupo se insurgiu contra o Estado em 1964 e é hoje a última guerrilha ativa na Colômbia. As duas partes se preparam para lançar negociações formais no dia 7 de fevereiro, em Quito, depois de mais de três anos de conversações confidenciais.

A início do processo está condicionado à libertação nesta quinta-feira (2) do ex-congressista Odín Sánchez, refém do ELN desde abril passado. Em contrapartida, o governo promete conceder indulto a dois combatentes e nomear dois guerrilheiros presos como facilitadores da paz.

Em meio século de conflito armado com as guerrilhas de esquerda, a Colômbia registrou 260 mil mortos, incluindo civis, guerrilheiros, paramilitares e policiais.

(Com informações de RFI)

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