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Pais pedem para matar filhas para evitar estupro

Sem possibilidade de fuga, moradores da cidade síria de Aleppo estão pedindo permissão a religiosos para que pais possam matar as filhas, mulheres e irmãs antes que elas sejam capturadas e estupradas pelas forças do regime de Bashar al-Assad e de seus ali

Sem possibilidade de fuga, moradores da cidade síria de Aleppo estão pedindo permissão a religiosos para que pais possam matar as filhas, mulheres e irmãs antes que elas sejam capturadas e estupradas pelas forças do regime de Bashar al-Assad e de seus aliados. As histórias ganharam força com a reprodução nas redes sociais de uma suposta carta de uma enfermeira da área cercada da cidade, explicando por que havia escolhido o suicídio. Outros postam mensagens desesperadas à medida que as tropas do governo se aproximam.

“Sou uma das mulheres em Aleppo que em breve será violada. Não há mais armas ou homens que possam ficar entre nós, e os animais estão prestes a vir, o chamado Exército do país. Eu não quero nada de vocês. Nem mesmo suas orações. Ainda sou capaz de falar e acho que as minhas orações são mais verdadeiras do que as suas. Tudo o que peço é que não assumam o lugar de Deus e me julgue quando eu me matar. Eu vou me matar e não me importo se vocês me condenarem ao inferno! Estou cometendo suicídio porque não quero que meu corpo seja alguma fonte de prazer para aqueles que sequer ousavam mencionar o nome de Aleppo dias atrás. E quando vocês leem isso, saibam que eu morri pura apesar de tudo”, diz a carta. O nome não foi divulgado e a veracidade não pode ser comprovada.


A carta era endereçada a líderes religiosos da oposição e, segundo o jornal britânico “Metro”, o post foi compartilhado pelo trabalhador humanitário Abdullateef Khaled. Ela reforça os rumores de mulheres cometendo o suicídio para evitar o estupro à medida que as forças sírias avançam e surgem denúncias de execuções.

Outros relatos que circulam nas redes sociais dizem que pais estão pedindo a permissão de autoridades religiosas para assassinar as próprias filhas antes que sejam capturadas. As forças sírias executaram mais de 80 pessoas em Aleppo na segunda-feira (12), incluindo mulheres e crianças ainda em suas casas.

Muhammad Al-Yaqoubi, um conhecido líder religioso que fugiu da Síria, tuitou na terça-feira que estava recebendo consultas de Aleppo, incluindo algumas inquietantes: “Pode um homem matar sua mulher ou irmã antes que ela seja estuprada pelas forças de Assad na frente dele?”

DESESPERO NAS REDES SOCIAIS

Uma trégua deveria ter permitido a saída de moradores da cidade. Mas com a retomada dos bombardeios nesta quarta-feira (14), a retirada foi suspensa. O desespero aumenta e, isolados por terra, moradores da área cercada enviam apelos através das redes sociais.

O professor de inglês Abdulkafi al-Hamdo é um dos residentes da cidade que mostra os efeitos devastadores da guerra através de seu perfil no Twitter. As imagens são fortes:

Em um último relato através da rede social, Abdulkafi, informa que as tropas de Al-Assad estão próximas:

"Não há mais para onde ir. Este é o último lugar. Espero que algo possa deter os massacres. Ninguém dormiu esta noite. Minha mulher, minha filha, todos os que conheço estão..." disse, não dando mais sinais até então.

Não se sabe a situação dentro de um dos últimos bolsões controlados pelos rebeldes na cidade. A última mensagem do jornalista americano Bilal Abdul Kareem na região veio na segunda-feira(12). Com o som de explosões ao fundo, ele disse poderia ser um de seus últimos vídeos.

"Talvez não possamos mais enviar mensagens à medida que o regime se aproxima cada vez mais".

Outros enviam mensagens de despedida, temendo a morte ou a captura. São agradecimentos a quem ajudou os sírios, pedidos para que habitantes de outros países protestem contra o que ocorre no país. Outras são reproduzidas por jornalistas que recebem mensagens de ativistas na cidade.

"Ativistas estão tuitando seus momentos finais. Eles quase certamente serão detidos/torturados/mortos após a captura. O aperto que se sente no estômago após ler as últimas mensagens de Aleppo. Que Deus nos perdoe por não ajudar essas pessoas", escreveu um jornalista no Twitter.

(Com informações de Extra)

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