Israel recusou formalmente nesta segunda-feira(07) um convite da França para participar de uma conferência de paz sobre o Oriente Médio em Paris no final deste ano. Segundo o argumento dos israelenses, a conferência seria um desvio do objetivo de negociações diretas com os palestinos. O governo de Israel não especificou quais negociações diretas tratava em sua nota, uma vez que atualmente não há nenhuma perspectiva de negociações diretas com a Palestina.
Em reunião ocorrida em Jerusalém envolvendo o assessor de segurança nacional interino de Israel e o conselheiro diplomático do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o enviado francês Pierre Vimont foi informado de que o Estado judeu não quer ter nada a ver com a iniciativa de ressuscitar as conversas, que sofreram seu último colapso em 2014.
"(Eles) disseram ao enviado francês de forma clara e inequívoca que a posição de Israel de promover o processo de paz e chegar a um acordo só irá se dar através de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Palestina", disse o gabinete de Netanyahu em um comunicado.
Não houve nenhum comentário imediato de Vimont, mas a chancelaria francesa disse que ainda planeja organizar a conferência antes do final do ano.
A França tentou repetidamente injetar sangue novo no processo de paz neste ano, realizando uma conferência preliminar em junho na qual a Organização das Nações Unidas (ONU), a União Europeia, os Estados Unidos e grandes países árabes se reuniram para debater propostas sem a presença de israelenses ou palestinos.
O plano era realizar uma conferência de acompanhamento antes do final de 2016 com o envolvimento dos dois lados do conflito e ver se podem ser levados de volta à mesa de negociações. Os palestinos comunicaram que comparecerão se a reunião parisiense acontecer.
(Com informações de Reuters)
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