O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ganhou o prêmio Nobel da Paz de 2016 nesta sexta-feira(07). A escolha surpreendeu, principalmente após os colombianos votarem "não" para o acordo assinado pelo governo com guerrilheiros das Farc para pôr fim e mais de meio século de conflito.
Santos prometeu esforçar-se ao máximo para manter o plano de paz apesar de os colombianos terem rejeitado o acordo em um referendo no domingo(02), por uma margem mínima diferença de votos. Muitos eleitores acreditam que o governo foi muito suave com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"O prêmio também deve ser visto como uma homenagem ao povo colombiano", disse a líder do comitê do Nobel da Paz, Kaci Kullman Five, ao anunciar o prêmio.
Eleitores não disseram "não" à paz, e sim ao acordo, acrescentou Kaci.
O prêmio excluiu o líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, que assinou o acordo com Santos.
"O fato de a maioria dos eleitores ter dito 'não' ao acordo de paz não significa necessariamente que o processo de paz está morto", disse o comitê.
"Isso torna ainda mais importante que os lados, liderados pelo presidente Santos e pelo líder das Farc, Rodrigo Londoño, continuem a respeitar o cessar-fogo", acrescentou.
Em reação ao anúncio do prêmio de Santos, o líder das Farc reagiu dizendo que "O único prêmio que buscamos é a paz com justiça social para a Colômbia sem paramilitarismo, sem retaliação ou mentiras", disse Timochenko em sua conta pessoal no Twitter.
O prêmio Nobel da Paz, no valor de 8 milhões de coroas suecas (930 mil dólares), será entregue em Oslo em 10 de dezembro.
(Com informações de Reuters)
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