Um grupo de pesquisadores da da Universidade de Berna, na Suíça, divulgou, na última sexta-feira (27), uma importante descoberta que pode nos aproximar de uma resposta para essa questão. Os cientistas detectaram, pela primeira vez, glicina e fósforo na nuvem de gás e poeira que envolve o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
Os elementos foram encontrados pela sonda Rosetta, que acompanha o cometa desde 2014. O satélite artificial foi foi o primeiro a explorar a superfície de um cometa e tem como objetivo principal decifrar alguns mistérios sobre o surgimento do Sistema Solar. A descoberta reforça a teoria de que corpos celestes transportaram ingredientes para origem da vida na Terra.
A glicina é um dos 20 aminoácidos que formam as proteínas dos seres vivos. Já o fósforo é um dos mais importantes constituintes minerais da atividade celular, também está presente nos ossos, nos dentes, no RNA, no DNA, no metabolismo de glicídios, na contração muscular entre outros. O aminoácido já havia sido detectado de maneira indireta em amostras de outro cometa, o Wild 2, em 2006.
Essa reincidência indica que a glicina é um elemento comum nas regiões do universo onde se formam estrelas e planetas. Segundo o astrônomo Donald Brownlee, da Universidade de Washington, os meteoritos e agora os cometas provam que a Terra foi bombardeada com muitas biomoléculas importantes.
Segundo o estudo publicado na revista Science Advances, a presença de elementos orgânicos no 67P/Churyumov-Gerasimenko reforça a ideia de que cometas entregaram as moléculas-chave para a química prebiótica em todo o Sistema Solar e, em particular, na Terra. Os pesquisadores afirmaram, ainda, que a adição de uma grande concentração dessas moléculas em um corpo de água teria produzido a "sopa primordial" que deu a vida ao planeta Terra há mais de 4 bilhões de anos.
(Com informações da Band)
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