Estudo relaciona pessoas criativas a pesadelo

Um estudo publicado pela revista científica New Scientist relaciona que pessoas que têm pesadelo são mais criativas, a pesquisa é de Michelle Carr, que estuda sonhos na Universidade de Montreal, no Canadá.

Carr explica que há duas teorias para o surgimento dos pesadelos: a da reação a experiências negativas outra é a "teoria de simulação de risco".

A primeira ocorre enquanto estamos acordados e a segunda é usada durante os pesadelos para "treinar" adversidades.

Para a estudiosa, os pesadelos trazem benefícios reais. Já se descobriu, por exemplo, que pessoas que sofrem com pesadelos de forma recorrente são, em geral, mais empáticas e demonstram tendência a bocejar quando outra pessoa boceja na frente delas, indicando empatia.

Ainda segundo os estudos, pessoas que tem pesadelos constantes costumam pensar mais "fora da caixa" em tarefas de associação de palavras.

Ainda nos anos 80, o pesquisador do sono Ernest Hartmann, que trabalhou como psiquiatra em uma universidade de medicina em Boston, descobriu que pessoas que buscavam ajuda para ter noites mais tranquilas não eram necessariamente mais assustadiças ou ansiosas, mas tinham maior sensibilidade emocional em geral.

O estudo de Hartmann apontou ainda que a sensibilidade influencia percepções e pensamentos acordados. Pessoas que tem muitos pesadelos passam a ter pensamentos mais parecidos com sonhos, fazendo conexões inesperadas dando a elas mais aptidão para a criatividade e a expressão artística.

Para comprovar isso, Carr realizou o teste com uma série de voluntários, entre eles uma pintora e um músico.

(DOL com informações da New Scientist)