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Economia dos EUA cresce 0,5% no 1º trimestre

A economia americana teve seu primeiro trimestre mais fraco em dois anos. O PIB cresceu a uma taxa anualizada de 0,5%, abaixo dos 0,7% projetados pelo mercado e um terço aquém da expansão nos três meses finais de 2015 (1,4%). Os números revelam pé no fre

A economia americana teve seu primeiro trimestre mais fraco em dois anos. O PIB cresceu a uma taxa anualizada de 0,5%, abaixo dos 0,7% projetados pelo mercado e um terço aquém da expansão nos três meses finais de 2015 (1,4%).

Os números revelam pé no freio, num quadro mais corriqueiro em tempos de crise: americanos compraram menos, e investidores cortaram gastos.

Divulgada nesta quinta (28) pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a performance mostra cautela de corporações e consumidores, ainda que a economia tenha sinalizado que os dias de crise ficaram para trás.

Em março, por exemplo, o país criou 215 postos de trabalho, e analistas dizem que há pouca chance de o país cair em nova recessão. Preços mais em conta de gasolina, em tese, seriam outro incentivo para menos timidez na hora de desembolsar.

"Fundamentalmente, a economia está saudável, e a baixa taxa de desemprego oferece um quadro bem mais resiliente em relação a outros anos. Contudo, resíduos de incerteza econômica e ausência de pressões salariais deixam consumidores apreensivos", diz Carl Riccadonna, economista-chefe da Bloomberg Intelligence (braço de pesquisa da agência). "Isso deve mudar ao longo do ano, caso a criação de empregos permaneça robusta", afirma.

Um começo fraco, no entanto, não é novidade. Nos últimos anos, a largada anual registrou expansões menores que 1%, mas os trimestres seguintes tiveram média acima de 2,5%.

Fora que o PIB costuma ser anunciado em parcelas: a primeira estimativa sai um mês após o término do trimestre, mas há outras revisões nos meses seguintes.

E é comum que esses números variem um bocado. Em 2015, relatou-se sobre janeiro, fevereiro e março, por exemplo: primeiro um avanço 0,2%, depois queda de -0,7%, -0,2% e, enfim, positivos 0,6%. "Seria sábio não reagir com exagero aos números de quinta-feira", diz coluna do "Wall Street Journal".

Ainda assim, o desempenho deixa a desejar. "Salvo um milagre, parece que o crescimento do PIB caminha para outro ganho inexpressivo de cerca de 2% em 2016", afirmou Paul Ashworth, economista-chefe da consultoria Capital Economics, ao jornal americano. No ano passado, o país cresceu em torno de 2,4%.

O economista José Márcio Camargo, da Opus Investimentos, aponta à Folha duas consequências para o Brasil, uma boa, outra ruim."Por um lado, o Fed [banco central americano] pode manter taxas de juro baixas por mais tempo, o que é positivo, se conseguirmos resolver nossa confusão política", diz.

Nesse cenário, juros baixos empurram investidores a se aventurar em outros países. Se as taxas subirem de novo, o que é esperado na medida em que a economia desatrofia, eles voltam a direcionar seus recursos aos EUA.

Mas um PIB fraco não é motivo de festa para o Brasil, segundo Camargo. "Se a economia americana desacelera, isso reduz o crescimento mundial e aumenta o risco de deflação e de estagnação a longo prazo." Ou seja, más notícias para nós.

(Folhapress)

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